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Demitida da Varig apela ao papa para receber dinheiro da previdência

Em meio aos manifestantes que protestam contra os gastos com a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) e a vinda do papa Francisco, mulher demitida pela Varig cobra dinheiro do fundo de previdência Aerus - Julio Cesar Guimarães/UOL
Em meio aos manifestantes que protestam contra os gastos com a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) e a vinda do papa Francisco, mulher demitida pela Varig cobra dinheiro do fundo de previdência Aerus Imagem: Julio Cesar Guimarães/UOL

Guilherme Balza

Do UOL, no Rio

26/07/2013 18h07

A ex-funcionária da Varig Deyse Mattos, 54, aproveitou a presença do papa Francisco no Rio de Janeiro para ver se consegue, finalmente, receber os direitos trabalhistas. Demitida em 2006, quando a empresa faliu, Mattos participa de um protesto na praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, a poucas quadras do local onde o pontífice acompanhará a Via Sacra da Jornada Mundial da Juventude.

Ela confeccionou uma faixa com os dizeres “Papa, abençoe a Varig e a Aerus”. “A Aerus é a previdência privada dos funcionários da Varig, acusada de não pagar a aposentadoria dos ex-funcionários. “Estou representando os velhinhos que não puderam estar aqui. A gente ficou à deriva. Os ex-trabalhadores não receberam nada”, diz.

 

Mattos diz que teria direito a receber R$ 180 mil pelo o que contribuiu nos 26 anos em que trabalhou para a companhia como comissária de bordo. Depois de tentar todos os meios, decidiu apelar ao pontífice e à “energia da Jornada”. “Quem sabe com essa grande oração que vai haver hoje, com essa corrente de luz, a coisa não mude?”

Ela também se diz indignada com os políticos do Rio de Janeiro. “O papa foi para Manguinhos e não tinha político nenhum perto dele. Eles não foram porque sabem que não são queridos nas comunidades, que são cotidianamente maltratadas.”