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São Caetano do Sul (SP) é tricampeã de desenvolvimento humano

Bruno Lupion

Do UOL, em Brasília

29/07/2013 14h30

O município de São Caetano do Sul, no ABC paulista, é pela 3ª vez seguida o campeão de desenvolvimento humano no Brasil. O ranking está no "Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil", elaborado com dados do censo de 2010 e divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Em uma escala de 0 a 1 no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), sendo maior o número, melhor a qualidade de vida, São Caetano do Sul marcou 0,862. O IDHM médio das cidades brasileiras é de 0,727.

Ranking do IDH das cidades no Brasil

CidadePontuação no IDHM
São Caetano do Sul (SP)0,862
Águas de São Pedro (SP)0,854
Florianópolis (SC)0,847
Vitória (ES)0,845
Balneário Camboriú (SC)0,845
Santos (SP)0,840
Niterói (RJ)0,837
Joaçaba (SC)0,827
Brasília (DF)0,824
Curitiba (PR)0,823
  • Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013

Com uma área de 15 km2 e população de 150 mil habitantes, número equivalente a apenas um bairro da capital paulista, como Cachoeirinha, São Caetano do Sul tem matrizes de empresas de grade porte, como a General Motors e a Casas Bahia.

A renda média per capita no município é de R$ 2.043,74 por mês, a expectativa de vida ao nascer é de 78,2 anos e 76% da população adulta tem pelo menos o ensino médio completo.

O atlas divulgado hoje pelo Pnud é o terceiro da série histórica. Os dois anteriores usavam dados os censos de 1991 e 2000, nos quais São Caetano também encabeçou o ranking de desenvolvimento humano.

Em 2º lugar na lista está a também paulista Águas de São Pedro, com índice 0,854, seguido pela capital de Santa Catarina, Florianópolis (índice 0,847). Em 4º lugar, empatadas, estão a capital do Espírito Santo, Vitória, e a também catarinense Balneário Camboriú (índice 0,845).

A cidade é considerada de “muito alto desenvolvimento humano” quando obtém índice acima de 0,8. A média brasileira está na faixa de “alto desenvolvimento humano”, que vai de 0,7 a 0,799, segundo o Pnud.

A cidade com o pior IDHM é Melgaço, no norte do Pará, próximo à Ilha de Marajó, com índice 0,418. A renda média per capita no município é de R$ 135,21 por mês, a expectativa de vida ao nascer é de 71 anos e apenas 12% da população adulta tem o ensino médio completo. No penúltimo lugar do ranking está Fernando Falcão, no interior do Maranhão, com índice 0,443. Para o Pnud, resultados abaixo de 0,499 revelam cidades com grau muito baixo de desenvolvimento humano.

Entenda o que é e como é calculado
o IDH dos municípios

  • Arte/UOL

No entanto, o atlas aponta para uma queda na desigualdade entre os municípios brasileiros. As melhoras mais acentuadas no desenvolvimento humano ocorreram em municípios com posições menores no IDHM.

A diferença na expectativa de vida de dois bebês, um nascido na pior cidade nesse quesito e outro na melhor, mostra a tendência de queda na desigualdade. Em 2000, a diferença na expectativa de vida entre quem nascia em Roteiro (AL) e em Cunhataí (SC) era de 20 anos (57 x 77 anos). Hoje, essa distância máxima caiu para 13 anos. Quem nasce em Cacimbas (PB) tem expectativa de vida de 65 anos e quem nasce em Brusque, (SC), 78 anos.

No entanto, o passivo histórico de desigualdade regional no Brasil ainda é grande. Dos 44 municípios com IDHM muito alto, 24 estão no Estado de São Paulo.  Na outra ponta, as regiões Norte e Nordeste reúnem todas as 32 cidades brasileiras com IDHM muito baixo e não têm nenhum município com índice muito alto.