São Caetano do Sul (SP) é tricampeã de desenvolvimento humano
O município de São Caetano do Sul, no ABC paulista, é pela 3ª vez seguida o campeão de desenvolvimento humano no Brasil. O ranking está no "Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil", elaborado com dados do censo de 2010 e divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Em uma escala de 0 a 1 no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), sendo maior o número, melhor a qualidade de vida, São Caetano do Sul marcou 0,862. O IDHM médio das cidades brasileiras é de 0,727.
Ranking do IDH das cidades no Brasil
Cidade | Pontuação no IDHM |
São Caetano do Sul (SP) | 0,862 |
Águas de São Pedro (SP) | 0,854 |
Florianópolis (SC) | 0,847 |
Vitória (ES) | 0,845 |
Balneário Camboriú (SC) | 0,845 |
Santos (SP) | 0,840 |
Niterói (RJ) | 0,837 |
Joaçaba (SC) | 0,827 |
Brasília (DF) | 0,824 |
Curitiba (PR) | 0,823 |
- Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013
Com uma área de 15 km2 e população de 150 mil habitantes, número equivalente a apenas um bairro da capital paulista, como Cachoeirinha, São Caetano do Sul tem matrizes de empresas de grade porte, como a General Motors e a Casas Bahia.
A renda média per capita no município é de R$ 2.043,74 por mês, a expectativa de vida ao nascer é de 78,2 anos e 76% da população adulta tem pelo menos o ensino médio completo.
O atlas divulgado hoje pelo Pnud é o terceiro da série histórica. Os dois anteriores usavam dados os censos de 1991 e 2000, nos quais São Caetano também encabeçou o ranking de desenvolvimento humano.
Em 2º lugar na lista está a também paulista Águas de São Pedro, com índice 0,854, seguido pela capital de Santa Catarina, Florianópolis (índice 0,847). Em 4º lugar, empatadas, estão a capital do Espírito Santo, Vitória, e a também catarinense Balneário Camboriú (índice 0,845).
A cidade é considerada de “muito alto desenvolvimento humano” quando obtém índice acima de 0,8. A média brasileira está na faixa de “alto desenvolvimento humano”, que vai de 0,7 a 0,799, segundo o Pnud.
A cidade com o pior IDHM é Melgaço, no norte do Pará, próximo à Ilha de Marajó, com índice 0,418. A renda média per capita no município é de R$ 135,21 por mês, a expectativa de vida ao nascer é de 71 anos e apenas 12% da população adulta tem o ensino médio completo. No penúltimo lugar do ranking está Fernando Falcão, no interior do Maranhão, com índice 0,443. Para o Pnud, resultados abaixo de 0,499 revelam cidades com grau muito baixo de desenvolvimento humano.
No entanto, o atlas aponta para uma queda na desigualdade entre os municípios brasileiros. As melhoras mais acentuadas no desenvolvimento humano ocorreram em municípios com posições menores no IDHM.
A diferença na expectativa de vida de dois bebês, um nascido na pior cidade nesse quesito e outro na melhor, mostra a tendência de queda na desigualdade. Em 2000, a diferença na expectativa de vida entre quem nascia em Roteiro (AL) e em Cunhataí (SC) era de 20 anos (57 x 77 anos). Hoje, essa distância máxima caiu para 13 anos. Quem nasce em Cacimbas (PB) tem expectativa de vida de 65 anos e quem nasce em Brusque, (SC), 78 anos.
No entanto, o passivo histórico de desigualdade regional no Brasil ainda é grande. Dos 44 municípios com IDHM muito alto, 24 estão no Estado de São Paulo. Na outra ponta, as regiões Norte e Nordeste reúnem todas as 32 cidades brasileiras com IDHM muito baixo e não têm nenhum município com índice muito alto.
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