Circulação é normalizada 4 horas após colisão entre trem e caminhão no Rio
A SuperVia, concessionária responsável pelo transporte ferroviário no Rio de Janeiro, informou que a circulação no ramal Vila Inhomirim foi normalizada às 10h30 desta quarta-feira (4), mais de quatro horas após uma colisão entre um trem e um caminhão nas proximidades da estação Parada Angélica, na Baixada Fluminense.
Na versão da empresa, o “caminhão acessou indevidamente a passagem em nível oficial (regularizada e sinalizada)”. O acidente provocou a interrupção do serviço apenas no ramal Vila Inhomirim.
Ainda de acordo com a SuperVia, o “Grupamento de Polícia Ferroviária foi imediatamente acionado e não houve registro de vítimas”.
VOCÊ SE LEMBRA?
Funcionários da Supervia usam cordão de crachá para "chicotear" passageiros
Por volta das 8h25, a empresa registrou outro problema envolvendo uma composição que seguia de Queimados para a Central do Brasil. O trem ficou parado na estação Engenho de Dentro, na zona norte, por conta de um problema mecânico.
A SuperVia informou que o trem parou a cerca de cem metros fora da plataforma, o que fez com que os passageiros tivessem que caminhar pelos trilhos a fim de continuar a viagem em outro trem.
O caso de hoje se soma a uma série de problemas que o sistema de trens do Rio vem sofrendo nos últimos dias, causando revolta nos usuários.
Ontem, passageiros atearam fogo a um vagão de um dos trens da companhia que teve problemas e ficou parado próximo a estação Quintino, na zona norte da cidade. Antes, na quinta-feira (29), passageiros depredaram trens com pedras e pedaços de pau na estação Oswaldo Cruz, também na zona norte da cidade, depois de uma pane que afetou a circulação nos ramais Japeri e Santa Cruz.
SuperVia recebeu mais de R$ 350 mil em multas
Nos últimos 12 meses, a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) aplicou cerca de R$ 355 mil em multas à SuperVia, concessionária responsável pela administração do sistema.
No geral, as multas têm relação com falhas no serviço como descarrilamentos e suspensão da circulação das composições.
Apesar de menores em valor, se comparadas a multas aplicadas a outras concessões reguladas pela agência --no mesmo período, o Metrô Rio e as Barcas S.A foram multados, respectivamente, em R$ 1.503.977 e R$ 1.096.000--, os trens registram problemas com uma frequência muito maior.
Desde setembro de 2012, a SuperVia foi multada seis vezes, contra três multas para o sistema de metrô e três para a operação das barcas.
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