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Carro da PM atropela idoso em protesto no Rio e segue sem prestar socorro

Do UOL, no Rio

11/09/2013 16h19

Vídeos divulgados no YouTube nesta quarta-feira (11) mostram o momento em que um carro da Polícia Militar do Rio de Janeiro atropela um idoso na avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense, em meio a uma manifestação. Segundo as imagens, o veículo vai embora sem prestar socorro à vítima, que fica caída no chão.

Em nota, a corporação afirmou que a Corregedoria da PM deve investigar o caso a partir das imagens e de informações repassadas pelo policial –sem especificar quais foram elas. “Se for comprovado que houve irregularidade no procedimento, o policial será responsabilizado”, informou a Polícia Militar.

O atropelamento teria ocorrido no dia 7 de setembro, quando ocorreram diversas manifestações pelo país. No Rio, manifestantes armados com pedras e fogos de artifício tentaram invadir o desfile de 7 de Setembro, dando início a um conflito com policiais em que muitas pessoas foram detidas e ficaram feridas.

Os confrontos começaram quando um grupo de aproximadamente 500 manifestantes invadiu a área reservada ao público na avenida Presidente Vargas. Pessoas que assistiam à parada civico-militar correram por ruas do centro para fugir da violência e buscaram refúgio em bares e estações do metro.

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral, spray de pimenta e armas de choque elétrico para conter os manifestantes. Apesar da confusão, o desfile não foi interrompido.

De acordo com o Comando Militar do Leste, cerca 4.000 pessoas assistiram ao desfile no centro do Rio. A parada deste ano já havia sido reduzida em uma hora e o efetivo diminuído em aproximadamente 40%.

A PM reforçou a segurança, com cerca de 2.000 homens espalhados pelo centro da cidade. Um artefato explosivo foi encontrado perto das arquibancadas e a área precisou ser isolada até a chegada do esquadrão antibombas.

Alguns manifestantes seguravam cartazes cobrando o fim da corrupção e pedindo melhor prestação de serviços públicos como saúde e educação. As mesmas reivindicações fizeram parte dos protestos que se espalharam por diversas cidades do país em junho.