'Deu trabalho': pescador fisga pirarucus de 133 e 161 kg em dias seguidos
Um guia de pesca fisgou um pirarucu de 161 quilos e medindo dois metros e meio, no rio Grande, em Mira Estrela, na região noroeste de São Paulo. A pescaria que rendeu o peixe enorme foi na sexta-feira (16).
Um dia antes, o guia já havia fisgado outro peixe da mesma espécie com 2,27 metros e 133 quilos.
Odair Aparecido Camargo, 53, é guia de pesca há três décadas e é o responsável pela façanha. Em entrevista ao UOL ele contou que nas duas ocasiões em que os peixes foram fisgados ele estava em uma canoa movida a motor acompanhado de mais dois pescadores.
"Eu fisguei e foi trabalhoso para tirar ele na água. Como tinha mais gente comigo, eu passei o equipamento e fui pilotando o barco até a margem. Se não for com o motor ligado, não tem como tirar o peixe desse tamanho da água", contou ele.
Segundo o guia, foram cerca de duas horas para conseguir arrastar o peixe até às margens do rio e retirá-lo da água.
"Faz tempo que eu pesco, mas desse tamanho foi a primeira vez. É difícil encontrar peixe grande assim aqui", acrescentou Odair, que é pescador há 30 anos.
Ainda segundo Odair, a média de peso dessa espécie de peixe encontrada no rio Grande no trecho do interior paulista é de 60 a 80 quilos.
Os dois peixes foram comercializados pelo guia de pesca.
Piracema
No dia 1º de novembro começou a piracema no estado de São Paulo. Nesse período, que vai até o dia 28 de fevereiro de 2025 é proibida o transporte, captura e o armazenamento de espécies nativas, inclusive espécies utilizadas para fins ornamentais e de aquariofilia.
No entanto, a espécie pirarucu, fisgada por Odair, não é nativa da bacia hidrográfica da região, e por isso não há restrição para pesca. O pirarucu, na verdade, é natural da região da Amazônia, mas o rompimento de tanques de piscicultura de criadouros particulares, às margens do rio Grande, possibilitou que os primeiros peixes da espécie tivessem acesso ao rio Grande.
Ali, o peixe encontrou um ecossistema muito parecido com seu habitat natural, principalmente devido às águas sem correnteza, com ambiente favorável para se reproduzir, pois não tem predadores naturais.
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