Polícia descarta agressão como causa da morte de jovem em Ouro Preto
A Polícia Civil de Minas Gerais descartou nesta quinta-feira (27) que espancamento tenha sido a causa da morte de Gabriel Fernandes Carvalho, 17, durante o Carnaval deste ano em Ouro Preto, cidade histórica localizada a 95 km de Belo Horizonte.
Polícia Civil descarta agressão como causa da morte de jovem no Carnaval de Ouro Preto
À época, chegou-se a noticiar que, na noite do dia 3 de março, um grupo teria atacado o rapaz, que ficou seis dias internado em um hospital da cidade, mas morreu após esse período.
Por meio de uma nota divulgada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado Ricardo Reis Neto, da 5ª Delegacia Regional de Ouro Preto, afirmou que imagens de câmeras de segurança cedidas pela guarda municipal e depoimento de testemunhas, além do resultado da necropsia do corpo de Gabriel Carvalho, afastaram a hipótese da agressão. O setor informou que o adolescente teria tido um mal súbito. A nota, no entanto, não revela qual foi a causa da morte do jovem.
Um vídeo traz imagens de um jovem que, segundo a polícia, seria Gabriel Carvalho. Ele estava próximo a uma confusão que se formou na Rua Direita, no centro da cidade. Carvalho é destacado com um circulo mais claro em sua volta.
Nas imagens, ele aparece andando normalmente, quando tem início a confusão. Em seguida, ele sai do enquadramento da câmera, para retornar caminhando. Instantes depois, ele cai desacordado.
Conforme a polícia, a suspeita inicial era a de que ele teria sido espancado “até ficar inconsciente”.
De acordo com a investigação, policiais teriam ouvido de familiares que o rapaz não era portador de nenhuma doença para justificar o desmaio. Inicialmente, cogitou-se a ingestão de bebida alcoólica associada ao uso de substâncias tóxicas. A hipótese foi descartada diante do resultado do laudo de necropsia, que eliminou a possibilidade da existência de “traumas externos de grande ou moderada gravidade” que pudessem confirmar o espancamento.
“As lesões externas constatadas (fraturas em costelas, traumatismo craniano leve e cortes superficiais no queixo e no lábio) se mostraram compatíveis com o procedimento de massagem cardíaca a que o jovem foi submetido e com a violenta queda sofrida por ele durante o desmaio, mostrada no vídeo”, consta no laudo.
A presença de drogas ou álcool no organismo de Carvalho não foi comprovada na perícia em razão de ele ter ficado internado durante seis dias. O exame, feito após a sua morte, somente conseguiria detectar a presença de álcool ou drogas se fosse realizado em até 72 horas, segundo médicos legistas da corporação.
Briga generalizada
O texto ainda explica que, apesar de a vítima ter ficado próxima a uma “briga generalizada minutos antes”, ele não teria tido “participação no atrito e nem teria sofrido qualquer agressão na ocasião”.
Conforme a polícia, a confusão se iniciou antes da chegada do rapaz ao local e terminou “antes que ele sofresse o mal súbito e caísse ao chão, desmaiado”.
Gabriel Carvalho foi socorrido por militares do Corpo de Bombeiros e levado ao hospital, onde morreu.
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