Perícia em favela indica que houve confronto no dia da morte de dançarino
O titular da 13ª DP (Ipanema), delegado Gilberto Ribeiro, afirmou ter encontrado indícios de que houve uma troca de tiros próxima ao local onde o corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, foi encontrado, no dia 22 de março, na favela Pavão-Pavãozinho, na zona sul do Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado, os principais vestígios são perfurações à bala em paredes e muros de uma quadra situada a poucos metros da creche na qual a vítima foi localizada. Há marcas de disparos dos dois lados da quadra, informou a Polícia Civil.
Os buracos foram encontrados durante perícia feita no local. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, policiais que prestaram depoimento disseram que Douglas Rafael teria sido baleado durante o tiroteio.
Gilberto Ribeiro informou ainda que as armas dos PMs envolvidos e 50 munições, além de uma cápsula e uma ponta de munição encontradas pelos peritos, foram encaminhadas para o ICCE (instituto de Criminalística Carlos Éboli).
De acordo com a polícia, seis dos noves policiais militares que participaram do tiroteio no morro Pavão-Pavãozinho afirmaram que usaram suas armas. Os PMs, porém, negaram ter disparado contra Douglas.
Será agora apurado na investigação se o tiro que atingiu o dançarino partiu da arma de algum desses policiais. O armamento utilizado pela PM já passou por uma primeira perícia, mas ainda não foram devolvidas à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Pavão-Pavãozinho.
Na última sexta-feira (25), o delegado Gilberto Ribeiro disse que a posição em que o dançarino foi encontrado corresponde à foto divulgada na edição da última sexta-feira do jornal "Extra". Na imagem, o dançarino está de costas e é possível observar claramente um orifício causado por objeto pérfuro-contundente.
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