Prefeitura quer ampliar o compartilhamento do espaço viário, diz CET
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que busca maneiras de ampliar o compartilhamento do espaço viário entre veículos motorizados e não motorizados.
As avaliações da CET têm por objetivo unir o uso democrático das vias com a segurança no trânsito. É responsabilidade da Companhia, enquanto órgão municipal de trânsito, dar a melhor destinação às vias públicas seguindo critérios técnicos e a necessidade apresentada pela população.
Faz parte da política da empresa e da Secretaria Municipal de Transportes a implementação de ciclovias.
É uma alternativa que busca a interligação com os modos de transporte existentes, especialmente para percursos mais curtos, além de ser uma forma de contribuir com o meio ambiente por não ser poluente.
Assim, o Programa Cicloviário da cidade de São Paulo, apresentado publicamente em reunião do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito (CMTT) em 4 de junho, abrange toda a capital paulista.
No total, serão 400 quilômetros de vias a serem instalados até o final de 2015. Em um momento inicial, a ação começou na região central da cidade. Ali se investiu na criação do primeiro circuito aos ciclistas - interligação com outros modos de transporte e um traçado atendendo esta área.
A iniciativa também serviu como parâmetro para a construção dos trechos nas várias áreas da cidade que, ao mesmo tempo, começaram a ser implantados.
Tal como para o Centro, as equipes da CET vêm elaborando projetos e implementando em bairros mais afastados. Exemplos são as instalações de ciclovias, já executadas, nas avenidas Escola Politécnica e Abel Ferreira, nas Zonas Oeste e Leste, respectivamente.
A elaboração dos projetos e suas respectivas ativações estão sendo realizadas atendendo às características de cada local, conforme abaixo:
- presença de ciclistas na via (leito veicular ou calçadas);
- características do tráfego: volume veicular, velocidade, composição da frota, especialmente se a via é itinerário de ônibus ou rota de caminhão;
- características topográficas da via: horizontal (reta ou sinuosa) e vertical (aclive e declive);
- características de uso do solo: residencial, comercial, serviços, indústria, presença de polos geradores como escolas, hospitais, shoppings;
- situação da calçada em relação a acesso de veículos aos lotes (guias rebaixadas para acesso veicular).
Todas essas características interferem na seleção das vias destinadas a compor a malha cicloviária assim como definem o tipo de espaço de circulação cicloviária mais adequado para a situação, optando-se preliminarmente pela segregação do fluxo ciclístico em relação ao fluxo motorizado através de ciclovia, ciclofaixa, tráfego compartilhado (calçada) ou via ciclável, tendo como principal objetivo garantir o trajeto que ofereça maior segurança e conforto ao ciclista.
Após a acomodação da ciclovia, a CET segue acompanhando seu desempenho, realizando vistorias técnicas para eventuais ajustes aonde for necessário.
Destacamos que a criação de ciclovias assim como a implantação das faixas exclusivas para ônibus, à direita do viário, significa uma mudança de cultura no sentido de valorizar o transporte coletivo ou as alternativas que possam ser implementadas.
Não é mais possível promover ações que visem somente o automóvel particular, medida que tem se mostrado ineficaz em São Paulo e em todas as grandes cidades.
Todos os setores envolvidos ou interessados tiveram, e têm, espaço para debater, propor e melhorar o trabalho que vem sendo feito.
O plano de mobilidade cicloviária da CET, que inclui a bicicleta como um modelo de transporte, está sendo estruturado dentro das normas estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Por último, informamos que, de janeiro a julho de 2014, foram aplicadas 13.752 relacionadas aos enquadramentos de proteção e segurança de ciclistas.
No mesmo período do ano passado foram registradas 6.851 multas. A fiscalização é feita levando-se em consideração os seguintes enquadramentos: 585-12, 638-60, 520-70, 581-92, 545-23 e 566-50.
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