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Após ato sem conflitos em SP, dispersão tem confusão e gás no metrô

Confusão no metrô Faria Lima após ato contra a alta na tarifa dos ônibus em São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress
Confusão no metrô Faria Lima após ato contra a alta na tarifa dos ônibus em São Paulo Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Márcio Neves

Do UOL, em São Paulo

27/01/2015 17h37Atualizada em 27/01/2015 23h31

Após três horas de caminhada pelas ruas da zona Oeste de São Paulo (SP) nesta terça-feira (27), terminou de forma pacífica o quinto ato contra a tarifa no transporte público. É a segunda vez que os atos de 2015 não registram confrontos entre a PM (Polícia Militar) e os manifestantes. Após o fim do protesto, houve confusão no metrô Faria Lima (linha 4-Amarela).

As manifestações anteriores foram marcadas por confrontos entre a polícia e manifestantes --um deles, no Tatuapé (zona leste), não registrou ocorrências. Também como ocorreu na zona leste, a confusão só aconteceu após a dispersão do ato. PMs usaram bombas de gás dentro da plataforma da estação de metrô Faria Lima, por volta das 22h50. Pelo menos duas pessoas foram detidas, que foram levadas para o 21º DP (Distrito Policial). 

Segundo o Twitter da PM, a ação policial aconteceu porque manifestantes teriam feito um cordão de isolamento para impedir usuários de acessar o metrô. Passageiros afetados pelas bombas da PM foram socorridos pelo GAPP (Grupo de Apoio ao Protesto Popular). Após o tumulto, a estação foi temporariamente fechada para os usuários e reaberta pouco depois.

Um novo ato está marcado para ocorrer na quinta-feira (29), às 17h, no vão livre do Masp.

Concentração

Os manifestantes começaram a se reunir às 17h, no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste). Em assembleia, os manifestantes decidiram por começar o ato pela avenida Faria Lima (no sentido Ibirapuera) e depois foram à pista local da marginal Pinheiros. Ao contrário do que foi informado, o ato terminou onde começou, no largo da Batata, e não no terminal Pinheiros.

A PM (Polícia Militar) havia informado que iria barrar tentativas de o ato seguir pela marginal Pinheiros ou avenida Paulista, mas após negociação com a major Dulcineia Lopes de Oliveira, do comando da PM, os manifestantes conseguiram a liberação da pista local da marginal Pinheiros para seguir com o protesto. 

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O trânsito na avenida Brigadeiro Faria Lima, sentido Ibirapuera, foi fechado pela polícia para receber os manifestantes, assim como o trecho da avenida Rebouças em frente ao shopping Eldorado. O grupo também ocupou a via local da marginal Pinheiros, perto da ponte Eusébio Matoso. A caminhada chegou a passar pelo terminal Pinheiros, mas seguiu adiante pelas ruas Professor Frederico Hermann Júnior e Vupabussu, para retornar à avenida Faria Lima.

Ao todo, 350 policiais militares, com 60 carros e 46 motos acompanham a manifestação. Pela primeira vez nesta série de protestos contra o aumento das passagens em 2015, uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros acompanhou o ato para socorrer possíveis feridos. Reportagem do UOL apresentou o trabalho do GAPP (Grupo de Apoio ao Protesto Popular), que serve como braço "médico" dos militantes (assista aqui).

Como nos outros quatro atos, este também foi organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) e convocado por meio de redes sociais pelo grupo. Segundo o perfil no Twitter do MPL, 10 mil pessoas participam da manifestação. A PM fala em 1.000 manifestantes. Mascarados adeptos da tática black bloc (que prega a depredação do patrimônio público e privado) também participaram.

As passagens no transporte coletivo em São Paulo subiram de R$ 3 para R$ 3,50 nos ônibus, trens e metrô.

Se você participou do protesto, mande fotos e relatos ao UOL pelo Whatsapp (11) 97500-1925.