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Após protesto diante da casa de Haddad, ato em SP termina sem confronto

Márcio Neves*

Do UOL, em São Paulo

29/01/2015 18h05Atualizada em 29/01/2015 22h40

O sexto protesto contra o aumento nas tarifas do transporte público em São Paulo começou por volta das 17h desta quinta-feira (29), no Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), na avenida Paulista, centro da cidade. O ato foi convocado pelo MPL (Movimento Passe Livre). Segundo a PM (Polícia Militar), cerca de mil pessoas participaram da manifestação. O MPL disse que foram mais de 5 mil. Pelo menos, 800 policiais acompanharam a manifestação -- que terminou oficialmente na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), no Ibirapuera, zona sul. Pelo menos dez carros e dez motos da PM foram usados durante o ato.

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A manifestação foi engrossada por professores da rede estadual, que faziam um protesto na praça da República um pouco mais cedo e seguiram para encontrar os manifestantes da Paulista. Após uma série de casos de violência, houve mudança de estratégia. Pela primeira vez, a equipe que fez a contenção do protesto foi a "tropa ninja", batalhão especializado em artes marciais da PM. Segundo a corporação, dois manifestantes foram presos com bolas de gude e latas de spray.

O protesto seguiu pela Paulista, no sentido avenida Brigadeiro Luís Antonio, e entrou pelo Paraíso, até a frente do prédio onde mora o prefeito Fernando Haddad (PT), na rua Afonso de Freitas. Segundo a assessoria de imprensa do petista, no momento do ato, Haddad estava na prefeitura.

Os manifestantes pretendiam entregar o troféu "catraca de ouro" ao prefeito. A PM fez um cordão para isolar o prédio do petista. 

Os manifestantes depois fecharam uma pista da avenida 23 de Maio, no sentido em direção ao aeroporto de Congonhas, e chegaram até a Alesp. Alguns participantes do protesto também subiram no Monumento às Bandeiras e o picharam.
 

Um grupo de mascarados empunhava escudos de madeira e havia a presença de cerca de 40 blacks blocs na manifestação, segundo a PM. A polícia informou ainda que uma agência do banco Itaú na avenida Brigadeiro Luís Antônio foi depredada.

 

As passagens no transporte coletivo em São Paulo subiram de R$ 3,00 para R$ 3,50 nos ônibus, trens e metrô.

 

As manifestações anteriores foram marcadas por confrontos entre a polícia e manifestantes -- só dois deles, no Tatuapé (zona leste) e em Pinheiros (zona oeste), não registraram ocorrências durante o ato.

 

No entanto, em ambos, houve confusão após o fim da manifestação. Como nos outros cinco atos, esse também foi convocado por meio de redes sociais. Até as 21h30, o MPL não havia anunciado se marcaria novo ato contra a tarifa. 

 

Se você acompanhou o protesto, mande fotos e relatos ao UOL pelo Whatsapp (11) 97500-1925.

 

* Com Estadão Conteúdo