Depois 14 horas, reféns são soltos e rebelião em presídio no Pará acaba
Depois de 14 horas de rebelião, presos do CRR (Centro de Recuperação de Redenção, localizado no sudeste do Pará) libertaram quatro agentes penitenciários que estavam sendo mantidos reféns e acabaram com o motim, nesta sexta-feira (24).
Segundo a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado), a polícia não precisou invadir o CRR e, após negociação, os presos liberaram os reféns por volta das 11h.
O CRR tem capacidade para 120 presos, mas atualmente custodia 401 internos.
Durante o período que ficaram em poder dos presos rebelados, os agentes penitenciários foram agredidos, mas nenhum ficou gravemente ferido.
Os reféns receberam atendimento médico ainda na unidade prisional e depois foram encaminhados ao Hospital Regional de Redenção para avaliação médica mais precisa.
Os agentes penitenciários foram atacados e rendidos pelos presos por volta das 21h desta quinta-feira (23). Os servidores haviam retirado um preso da cela 12 do bloco B do CRR, que estava supostamente passando mal, e o levaram para a enfermaria.
Depois que o preso recebeu atendimento médico, quatro agentes retornaram com ele para o bloco carcerário quando foram atacados pelos detentos da cela e rendidos.
Com os agentes mantidos como reféns, os presos conseguiram abrir as outras celas e soltaram todos os demais detentos. Durante a rebelião, homens encapuzados subiram no telhado do CRR, de onde mostravam que estavam com reféns.
Eles também atearam fogo em parte do telhado e em colchões dentro do pavilhão. Os rebelados ainda invadiram a cozinha e quebraram pias e outros objetos.
Os presos reivindicaram melhorias no atendimento médico, transferência de outros internos e celeridade da Justiça no andamento dos processos.
A Susipe informou que homens da COE (Companhia de Operações Especiais) da PM (Polícia Militar) foram deslocados em aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública para o presídio para reforçar a segurança.
Por volta do meio-dia, policiais e agentes penitenciários iniciaram a recontagem dos presos e a avaliação dos danos caudados pela rebelião na infraestrutura da unidade prisional.
A Susipe disse ainda que os líderes da rebelião já foram identificados e eles vão cumprir medidas disciplinares previstas na LEP (Lei de Execução Penal).
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