Topo

Grupo que invadiu prédio de Eike tenta ocupar outro imóvel no centro do Rio

Prédio abandonado na avenida Venezuela, no centro do Rio, já abrigou o Iapetec (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas) - Fernando Quevedo/Agência O Globo
Prédio abandonado na avenida Venezuela, no centro do Rio, já abrigou o Iapetec (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas) Imagem: Fernando Quevedo/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

24/04/2015 09h43

Parte do grupo que invadiu o edifício Hilton Santos, no Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, tentou ocupar um imóvel abandonado na avenida Venezuela, no centro da cidade, durante a madrugada desta sexta-feira (24).

Os invasores chegaram a entrar no prédio, mas a Polícia Militar foi acionada e conseguiu negociar a retirada do grupo. Não houve confusão.

Posteriormente, os sem-teto caminharam em direção à Cinelândia, no centro, onde acampam desde que foi cumprido o mandado de reintegração de posse no imóvel situado no Flamengo, no dia 14 de abril.

O edifício Hilton Santos pertence ao Clube de Regatas Flamengo e foi arrendado em 2012 pela Rex Hotel, imobiliária do grupo EBX, do empresário Eike Batista, para a construção de um hotel cinco estrelas.

Na última quarta (22), os sem-teto que buscaram abrigo na praça da Cinelândia denunciaram casos de violência por parte da Guarda Municipal.

De acordo com eles, os guardas abordam o grupo de noite ou de madrugada, quando há poucas pessoas na rua, e os obrigam, com truculência, a saírem de onde estão.

Dois dias antes, uma perseguição a dois suspeitos de terem praticado um roubo no centro da cidade acabou em confronto entre sem-teto e guardas municipais.

Os guardas acusaram os sem-teto de fazerem parte do grupo de ladrões o que gerou violência, inclusive com o disparo de bomba de gás. Um protótipo do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que está exposto na Cinelândia, teve um vidro quebrado.

Procurada para se pronunciar sobre as acusações dos sem-teto, a Guarda Municipal enviou nota dizendo que não há relato de excesso de violência.

"Há casos pontuais em que guardas sofreram tentativas ou foram agredidos ao removerem estruturas irregulares, sendo necessário imobilizar os agressores, dentro dos protocolos. A Guarda Municipal não tolera qualquer tipo de excesso por parte dos seus agentes. Qualquer denúncia pode ser feita na Ouvidoria ou Corregedoria da corporação." (Com Agência Brasil)