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Procuradoria garante empenho para extraditar líder da máfia italiana

26.mai.2015 - Chefe da máfia italana Pasquale Scotti é preso no Recife (PE) - Polícia Federal/Divulgação/EFe
26.mai.2015 - Chefe da máfia italana Pasquale Scotti é preso no Recife (PE) Imagem: Polícia Federal/Divulgação/EFe

André Richter

Da Agência Brasil

29/05/2015 18h29

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta sexta-feira (29) que tratará com prioridade eventual pedido de extradição do italiano Pasquale Scotti, apontado como líder da organização criminosa Camorra. Ele foi preso nessa terça-feira (26), no Recife, em uma operação da Polícia Federal e da Interpol (Polícia Internacional). O governo da Itália tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo Tribunal Federal a extradição do acusado.

Em nota, a PGR informou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou em contato com autoridades italianas para garantir empenho máximo no processo de extradição. Scotti deve aguardar a decisão do Supremo no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

O italiano é apontado como fundador da Nova Camorra Organizada --subgrupo criado após a prisão do principal chefe da Camorra, Raffaele Cutolo, em 1982. Em 2005, a Justiça condenou o mafioso Scotti à prisão perpétua por crimes cometidos entre 1980 e 1983, entre eles mais de 20 homicídios, porte ilegal de armas de fogo, extorsão, intimidação e ameaças. O italiano estava foragido desde 1984 e vivia no Recife havia anos, com documentos falsos, em nome de Francisco de Castro Visconti.

A PGR aguarda a definição da extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. No começo deste mês, o Tribunal Administrativo Regional do Lacio suspendeu decisão do governo italiano a favor da extradição. Está marcada uma audiência para o dia 3 de junho a fim de discutir o caso.

Condenado no processo na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013, Pizzolato, fugiu para a Itália com passaporte falso. Ele seria extraditado para o Brasil para cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato. O ex-diretor foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa da documentação irregular.