Procuradoria garante empenho para extraditar líder da máfia italiana
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta sexta-feira (29) que tratará com prioridade eventual pedido de extradição do italiano Pasquale Scotti, apontado como líder da organização criminosa Camorra. Ele foi preso nessa terça-feira (26), no Recife, em uma operação da Polícia Federal e da Interpol (Polícia Internacional). O governo da Itália tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo Tribunal Federal a extradição do acusado.
Em nota, a PGR informou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou em contato com autoridades italianas para garantir empenho máximo no processo de extradição. Scotti deve aguardar a decisão do Supremo no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
O italiano é apontado como fundador da Nova Camorra Organizada --subgrupo criado após a prisão do principal chefe da Camorra, Raffaele Cutolo, em 1982. Em 2005, a Justiça condenou o mafioso Scotti à prisão perpétua por crimes cometidos entre 1980 e 1983, entre eles mais de 20 homicídios, porte ilegal de armas de fogo, extorsão, intimidação e ameaças. O italiano estava foragido desde 1984 e vivia no Recife havia anos, com documentos falsos, em nome de Francisco de Castro Visconti.
A PGR aguarda a definição da extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. No começo deste mês, o Tribunal Administrativo Regional do Lacio suspendeu decisão do governo italiano a favor da extradição. Está marcada uma audiência para o dia 3 de junho a fim de discutir o caso.
Condenado no processo na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013, Pizzolato, fugiu para a Itália com passaporte falso. Ele seria extraditado para o Brasil para cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato. O ex-diretor foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa da documentação irregular.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.