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Polícia faz megaoperação para prender chefes do tráfico em favelas do Rio

A investigação teve início há cerca de oito meses - Fábio Motta/Estadão Conteúdo
A investigação teve início há cerca de oito meses Imagem: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

16/06/2015 09h29Atualizada em 16/06/2015 17h10

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou na manhã desta terça-feira (16) uma megaoperação para localizar e prender traficantes de drogas que atuam em favelas dominadas pelo Comando Vermelha, uma das facções que gerenciam o crime organizado na capital fluminense e na região metropolitana do Estado (Rio, Baixada Fluminense e Niterói). Até o momento, oito pessoas foram presas --no total, 26 são mandados de prisão cumpridos, já que 18 dos suspeitos já estavam detidos. A identificação dos detidos ainda não foi divulgada.

A ação mobilizou, no total, 400 agentes da instituição. O trabalho foi coordenado pela 27ª DP (Vicente de Carvalho), com apoio da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). O delegado da 27ª DP, Felipe Curi, afirmou que a investigação teve início há cerca de oito meses. No período, a polícia conseguiu identificar líderes da facção criminosa e a função específica de cada um dos suspeitos, além de diversos fornecedores de armas e drogas.

Segundo o delegado, o inquérito revelou que os chefes do grupo, já presos, continuam no comando do tráfico de drogas no Estado. Entre eles estão Elias Pereira da Silva, o "Elias Maluco", Márcio dos Santos Nepomuceno, o "Marcinho VP", e Luís Cláudio Machado, o "Marreta", todos atualmente em presídios federais. O faturamento mensal da facção com a venda de entorpecentes ultrapassaria os R$ 7 milhões em favelas da cidade do Rio, da Baixada Fluminense e de Niterói.

"O principal objetivo da investigação foi desvendar o funcionamento da engrenagem e a identificação dos principais responsáveis pela operacionalização do tráfico de drogas e armas, nas comunidades com atuação da maior facção criminosa do Estado. Essa é apenas a primeira fase da investigação, o próximo passo será investigar a parte financeira dessa organização criminosa", afirmou o delegado Felipe Curi. (Com Efe)