Polícia espera ouvir 60 pessoas sobre rompimento da barragem em Mariana
A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quinta-feira (26) que dois corpos resgatados posteriormente ao rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 deste mês, deverão ter as identidades conhecidas, no máximo, até nesta sexta-feira (27).
Eles estão no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte e os trabalhos de identificação estão quase concluídos.
Até o momento, oito corpos foram identificados, vítimas diretas da tragédia das barragens, cinco seguem sem identificação, e 11 pessoas permanecem desaparecidas.
Outro anúncio feito pela corporação foi que ao menos 60 pessoas serão ouvidas até o final de dezembro. Até o momento, oito foram interrogadas. Os nomes, porém, não foram revelados.
A polícia informou que nesse período de 20 dias, desde o rompimento da barragem até hoje, houve a análise de documentos e os primeiros levantamentos da perícia criminal. Esse trabalho, segundo a PC, vai subsidiar os delegados na fase mais intensa de depoimentos, prevista para se encerrar no final do ano.
A chefe da Polícia Civil, Andréa Vacchiano, determinou que os peritos acompanhem os depoimentos, que deverão ocorrer nas cidades de Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte.
A coordenação está sob a chefia do delegado regional Rodrigo Bustamante, que terá o apoio do delegado de meio ambiente, Aloísio Daniel Fagundes, e a delegada da cidade de Itabirito (MG) Mellina Clemente, que investiga o caso do rompimento da barragem da mineradora Herculano, ocorrido em 2014, na região.
“A primeira etapa da investigação avançou muito. Um caso como esse de Mariana é de enorme complexidade, precisamos checar detalhes variados e colher todas as provas técnicas e materiais possíveis”, ressaltou Andréa Vacchiano, por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Corpos
Além dos dois corpos cuja identificação está prevista para ser divulgada amanhã, a polícia informou que, em relação à análise dos corpos ainda sem identificação, o trabalho específico desenvolvido pelos peritos não permite uma data exata de sua finalização.
“Esse trabalho não permite previsão exata, o estágio de conservação dos segmentos corpóreos normalmente exige seguidas repetições dos exames há casos em que o resultado sai em duas semanas e, outros, que demoram até seis meses”, disse o chefe do IC (Instituto de Criminalística), Marcos Paiva, por meio da assessoria de imprensa.
Segundo o setor, o IC busca, paralelamente, identificar os corpos relacionados ao desastre de Mariana e os do rotineiramente recebidos pelo instituto.
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