Governador do AM rebate ministro: se soubesse, teria tomado providências
O governador do Amazonas, José Melo (PROS), negou que a SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado soubesse que detentos estavam planejando fugir do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) entre o Natal e o Ano-Novo, como afirmou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Na quarta-feira (4), Moraes falou que “havia relatos de que a Secretaria de Segurança tinha informações de que poderia ocorrer uma fuga, estaria sendo planejada uma fuga, entre o Natal e o Ano Novo”. “Exatamente por isso, segundo as autoridades locais, foi reforçada a segurança local e eles passaram a monitorar dia a dia", disse o ministro, em Brasília.
“Se você me perguntar se alguém estava sabendo, isso eu não posso dizer”, disse Melo em entrevista à Rede Amazônica. “Se o sistema estivesse sabendo disso, teria tomado as providências para evitar aquela coisa terrível que aconteceu. Não só as fugas, mas também as mortes”.
Melo reconheceu que o governo tem de garantir a integridade das pessoas presas. “Então o Estado tem responsabilidade com a indenização das famílias que foram mortas”, disse. O governador também afirmou que os presidiários que participaram do motim “não têm esse direito”. Segundo o político, a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) está investigando os detentos com participação na rebelião.
Sobre as declarações feitas, na terça-feira (3), por agentes carcerários sobre regalias que os presos possuem nos presídios amazonenses, o governador informou que eles deverão ser investigados e os chamou de oportunistas.
“Um agente penitenciário é um agente público. Ele tem responsabilidades. Se ele viu o fato criminoso acontecer, era dever dele ter informado seu chefe, o Ministério Público. Era dever fazer isso. Se ele se omitiu e só veio agora falar isso, então ele é um oportunista. Não fez e prevaricou. Se prevaricou, evidentemente que ele vai responder por isso", disse.
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