Tentativa de arrastão fecha comércio em bairro da zona norte do Rio
Uma tentativa de arrastão assustou moradores e comerciantes do bairro de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro. Um grupo formado por cerca de 50 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, se dirigia da avenida Leopoldo Bulhões em direção ao bairro. Comerciantes fecharam as portas para evitar roubos por volta das 15h.
Com a tensão já causada pela possibilidade de paralisação da PM, por conta da mobilização das famílias dos policiais nos batalhões, as informações sobre um arrastão no bairro se espalharam por redes sociais, causando pânico.
A Polícia Militar informou que o grupo, ao ser repreendido pelos veículos da PM, voltou em direção às favelas de Mandela e Manguinhos.
De acordo com o 22º BPM (Maré), o batalhão foi acionado nesta tarde e dois suspeitos com objetos roubados que teriam sido reconhecidas por vítimas foram detidos.
Por volta das 12h, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou que 27 unidades da Polícia Militar têm famílias fazendo tentativa de bloqueio da saída dos policiais. Segundo ele, o movimento não interfere no policiamento do Estado.
"Diante das circunstâncias, o balanço é positivo", afirmou Sá em entrevista ao RJTV 2ª edição. "Preciso agradecer aos policiais que demonstraram profissionalismo e interesse ao dar prioridade à tranquilidade pública."
Em nota, a PM informou que apenas em quatro unidades há bloqueio na entrada e saída de veículos – 3º BPM (Méier), 6º BPM (Tijuca), 20º BPM (Mesquita) e 40º BPM (Campo Grande).
Mais cedo, o major Ivan Blaz, porta-voz da PM, afirmou que "o patrulhamento transcorre de maneira normal". Segundo ele, "mais de 95% da cidade está coberta", apesar de reconhecer que há insatisfações e protestos.
Nos locais de manifestações, as mulheres bloqueiam as saídas de viaturas nas trocas de turno. Os oficiais, no entanto, têm driblado o impedimento e procuram manter o serviço funcionando.
A tática é simples: sem poder deixar o local nos veículos oficiais, os policiais saem dos batalhões andando e rendem colegas nas ruas próximas.
"Enquanto tiver gasolina nos carros, vamos fazendo assim", explicou um sargento do 23º Batalhão da PM, no Leblon, zona sul do Rio. "O problema é que só podemos fazer esse abastecimento lá dentro", completou. A mesma estratégia se repetiu no 19º BPM (Copacabana) e no Batalhão de Choque, na região central.
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