Assessora de Marielle que estava no carro diz que está com "alma oca"

A assessora da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), que a acompanhava no carro na noite de quarta-feira (14), fez uma declaração nas redes sociais em homenagem à amiga. "Estou viva. Mas a alma oca. A carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, num looping sem fim. Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliarem", declarou. 

 A funcionária sofreu ferimentos leves derivados dos estilhaços de bala. Ela presenciou os últimos momentos de Marielle e do motorista Anderson Gomes. O nome dela é mantido sob sigilo como testemunha do crime.

A assessora acompanhou a vereadora até o evento na Lapa, região central do Rio de Janeiro. Ambas se sentaram no banco de trás. Marielle, sentada do lado direito, foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson levou ao menos três tiros nas costas. 

A principal linha de investigação da Divisão de Homicídios do Rio no caso do assassinato aponta para homicídio doloso (quando há intenção de matar). A possibilidade de que o crime tenha sido uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) é considerada remota.

A forma com o crime ocorreu, de acordo com um policial que atua na investigação, indica que os criminosos tinham por objetivo apenas matar a vereadora. Nada foi roubado.