Após denunciar estupro em hospital, jovem morre em GO; suspeito se entrega
Uma estudante universitária de 21 anos morreu no último domingo (26) no Hospital Goiânia Leste, em Goiânia, nove dias após denunciar um abuso sexual supostamente feito por um técnico de enfermagem da unidade.
A vítima foi internada para tratamento de crises convulsivas. Em nota, o hospital nega relação entre a morte da jovem com o suposto estupro. A Polícia Civil de Goiás investiga a causa e disse que imagens de câmeras de segurança confirmam o estupro da universitária, enquanto estava internada.
Suspeito do crime, Ildson Custódio Bastos, 41, foi preso na manhã de hoje. Já havia um mandado de prisão contra ele, expedido pela Comarca de Goiânia na noite de ontem. O técnico de enfermagem se apresentou voluntariamente à Polícia Civil de Goiás, segundo informou a assessoria ao UOL. A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, mas não obteve sucesso.
A identidade da jovem não foi revelada. Ela teria entrado na UTI do hospital para tratamento de crises convulsivas. O hospital informou que recebeu a denúncia de estupro por meio de uma das técnicas de enfermagem da equipe, para a qual a universitária relatou o ocorrido.
A direção do hospital informou que o técnico de enfermagem foi "imediatamente suspenso e afastado da sua função" e que um dos responsáveis pela UTI do hospital registrou boletim de ocorrência com a denúncia no último dia 21.
Ainda de acordo com a unidade hospitalar, a denúncia de abuso sexual foi checada pelas câmeras de segurança instaladas na UTI. Nas imagens, o investigado aparece "num possível toque nas partes íntimas da paciente".
A delegada Paula Meotti, titular da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) da capital goiana, afirmou na tarde de hoje que as câmeras provam que o estupro ocorreu. Segundo a policial, as imagens mostram o suspeito passando a mão nas partes íntimas da jovem. O estupro ocorreu na madrugada do dia 17 de maio e durou cerca de uma hora.
Ainda de acordo com a delegada, o vídeo indica que a vítima tentou resistir, mas não conseguiu, pois estava com as mãos amarradas. O técnico de enfermagem pode responder por estupro de vulnerável.
O hospital afirmou que procurou Ildson para que ele desse a sua versão sobre o caso, mas ele se negou. "Ao ex-funcionário foi dada a oportunidade de ver as imagens, o que foi recusado por ele", diz o comunicado.
Ao mesmo tempo, o hospital informou que não há relação da morte da jovem com o suposto estupro. "Coube aos diretores da empresa de UTI comunicar aos pais da paciente sobre o fato e sobre as medidas já tomadas. A causa da morte da paciente, em 26/05/2019, não possui qualquer relação com os tristes fatos ocorridos. A empresa está à disposição das autoridades para fornecer qualquer informação adicional que possa ajudar na investigação da denúncia", afirma a unidade.
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