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Após incêndio, 18 dos 77 pacientes retirados de hospital recebem alta no RJ

Nuvem de fumaça no Hospital Badim, no Rio, durante incêndio que atingiu o prédio - Celso Pupo - 12.set.2019/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Nuvem de fumaça no Hospital Badim, no Rio, durante incêndio que atingiu o prédio Imagem: Celso Pupo - 12.set.2019/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Lola Ferreira

Colaboração para o UOL, no Rio

14/09/2019 16h52Atualizada em 14/09/2019 20h13

O Hospital Badim, no Rio, informou na tarde de hoje que 18 dos 77 pacientes que foram retirados do Hospital adim durante incêndio que matou 11 pessoas na quinta receberam alta. Continuam internados 59 pacientes que foram transferidos para outros hospitais.

Além dos pacientes, outras 20 pessoas que estavam no Badim na hora do incêndio também continuam internadas, entre funcionários e acompanhantes de pacientes. Desde o dia do incêndio, 33 pessoas já tiveram alta, mas nenhum acompanhante ou funcionário foi liberado ainda.

"Temos um total de 59 pacientes internados e 18 altas registradas desde o último comunicado. O número de familiares e colaboradores internados segue no mesmo patamar (20)", diz o texto. "Ressaltamos que nem todos os pacientes internados são vítimas de inalação de fumaça. A maior parte segue internada mantendo o tratamento das patologias que motivaram suas admissões no Hospital Badim. O corpo clínico do nosso hospital continua acompanhando a evolução desses pacientes."

Ao todo, 103 pacientes e 229 funcionários estavam no Hospital Badim quando o gerador do subsolo entrou em curto-circuito e ocasionou o incêndio. De acordo com o Badim, a maior parte das internações tem relação com as doenças com as quais os pacientes deram entrada no hospital.

Ana Lúcia Armando, 57, lembrou hoje do momento em que teve que deixar o hospital durante o incêndio. Ela conta que os pacientes só tiveram ideia do tamanho do fogo ao ver a fumaça. Ela estava internada no segundo andar do hospital havia oito dias para tratar um princípio de infarto. No momento do incêndio, foram as enfermeiras que avisaram os pacientes e os ajudaram a sair do prédio com calma.

"As meninas da enfermagem foram tirando a gente e pedindo para deixar o prédio devagar. Quando a porta foi aberta é que vimos a proporção da fumaça. Era muita. Antes, não dava para ter proporção do que tinha acontecido", relatou Ana Lúcia em frente ao Hospital Badim, às lágrimas. Ela, que mora perto do hospital, passou em frente ao prédio ao voltar das compras.

Depois que deixou o Badim durante o incêndio, Ana Lúcia foi levada pelo marido para o hospital Israelita Albert Sabin, na mesma região, e liberada para casa. Apesar disso, seu quadro de saúde ainda precisa de cuidados médicos.

Perícia no gerador

Neste sábado, a Polícia Civil deu seguimento à perícia no hospital. O gerador, que foi o foco do incêndio, de acordo com a polícia e o hospital, foi examinado e uma de suas partes carbonizadas foi levada para análise. O próximo passo é esperar o Badim entrar em contato com a empresa responsável pela manutenção do gerador, pois há uma peça do equipamento que só é possível analisar após a desmontagem, e somente a empresa poderá fazer este procedimento. O restante dos andares afetados já foi periciado.

A Polícia Civil também irá colher depoimentos ao longo da semana para concluir o inquérito do incêndio no hospital. Não há previsão de quantas testemunhas serão ouvidas, mas o delegado Roberto Ramos, titular da 18ª DP, informou que será "todo mundo que for necessário para as investigações".

Polícia investiga causas do incêndio no Hospital Badim

bandrio