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Golpe dos nudes: Três mulheres são presas suspeitas de extorsão no RS

Polícia Civil prendeu três mulheres suspeitas de envolvimento no "golpe dos nudes" - Divulgação/Polícia Civil
Polícia Civil prendeu três mulheres suspeitas de envolvimento no 'golpe dos nudes' Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Do UOL, em São Paulo

23/11/2021 17h53

Três mulheres foram presas temporariamente hoje pela manhã pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul suspeitas de integrar um esquema conhecido como "golpe dos nudes", que consiste em extorquir dinheiro de homens mais velhos por meio das redes sociais.

Além das prisões, a polícia ainda cumpriu dez mandados de apreensão. A operação ocorreu nos municípios de Novo Hamburgo, Montenegro, Farroupilha e Caxias do Sul.

O esquema consiste em criar perfis de mulheres jovens e atraentes para enviar solicitações de amizade a homens mais velhos. No decorrer da conversa, elas compartilham fotos íntimas e a vítima, por sua vez, começa a receber ligações dos supostos pais e de falsos policiais civis, alegando que as imagens pertencem a menores de 18 anos e, sendo assim, eles serão denunciados por pedofilia.

Para que não denunciem os casos à polícia ou para arquivar os supostos inquéritos, o grupo exige altos valores para a vítima. Em um dos casos, duas das mulheres presas hoje elaboravam vídeos em se passavam por mães da suposta vítima menor. As suspeitas colocavam disfarces para não serem reconhecidas.

A polícia ainda informou que o grupo ainda simulava delegacias de polícia com a utilização de insígnias, banners, carteiras funcionais falsas, criavam falsos mandados de prisão e habilitavam celulares com a imagem de policiais para enganar as vítimas, as fazendo acreditar que estão de fato conversando com agentes policiais.

Segundo a corporação, uma das mulheres teria gravado vídeos que foram utilizados por infratores em todo o país para aplicar o golpe. Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que já investigou "diversas organizações criminosas que estão utilizando deste artifício para angariar lucros com a atividade criminosa, inclusive com a participação de diversas Polícias Civis de outros estados da Federação."

A investigação ainda alerta que nenhum agente liga ou manda mensagens para a exigência de qualquer tipo de valor para negociar cumprimento de mandados ou deixar de cumprir mandados de prisão.

As identidades das suspeitas não foram divulgadas pela polícia e, por esta razão, o UOL não localizou os seus representantes legais até o momento. O espaço segue aberto para manifestação da defesa.