Vídeo: Suposto assediador é agredido e arrastado até batalhão da PM em SP
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra passageiras de um ônibus em São Paulo agredindo com socos e chutes um homem que teria assediado sexualmente mulheres no veículo. O caso ocorreu no sábado (29), no cruzamento entre as avenidas Sen. Teotônio Vilela e Atlântica.
O que aconteceu
O vídeo começa com uma passageira dizendo que vai chamar a polícia e depois dando chutes no homem. Ao ser interrompida por outro passageiro, ela diz: "É ser humano, mas é pilantra, fazer isso com uma mulher. E se estupra uma filha sua? Vai defender um pilantra desse? 'Nós é mulher', 'nós passa por isso todos os dias'".
Outro momento do vídeo mostra a mesma mulher agredindo o suspeito mais uma vez com chutes enquanto ele chora e também leva socos de outra passageira. O suposto assediador também leva murros e tapas no rosto da outra mulher.
No final da gravação, as duas aparecem arrastando o homem pelo chão enquanto o levam até 27º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que as três mulheres que levaram o homem até o batalhão foram orientadas a registrar o fato em uma delegacia da área. Os policiais se dispuseram a levá-las, mas elas teriam se negado por "compromissos pessoais". Todos os envolvidos foram liberados.
Já a SPTrans, responsável pelos ônibus da cidade de São Paulo, disse que repudia qualquer tipo de assédio e abuso no transporte público. O motorista do veículo foi quem levou os passageiros até o batalhão, "conforme protocolo repassado aos profissionais do transporte público".
O Sindmotoristas, que representa os rodoviários da cidade de São Paulo, classificou o episódio como um "retrato da falta de segurança no transporte urbano da capital". "A direção da entidade solicitou - reiteradas vezes - providências dos órgãos de segurança voltadas ao mapeamento dos locais, ações ostensivas e punições efetivas aos criminosos. Além dos casos de assédios, relatamos também casos de agressão a motoristas e cobradores, respectivamente".
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