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Dimas Gadelha (PT) e Capitão Nelson (Avante) farão 2° turno em São Gonçalo

Dimas Gadelha (PT) e Capitão Nelson (Avante) concorrem à prefeitura de São Gonçalo - Reprodução/Facebook/Arte-UOL
Dimas Gadelha (PT) e Capitão Nelson (Avante) concorrem à prefeitura de São Gonçalo Imagem: Reprodução/Facebook/Arte-UOL

Carolina Cunha

Colaboração para o UOL

16/11/2020 01h19Atualizada em 16/11/2020 01h21

Dimas Gadelha (PT) e Capitão Nelson (Avante) se enfrentam no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Dimas obteve 31,36% dos votos válidos e Nelson, 22,82%.

Essa é a primeira vez que os dois disputam o comando do município. Ambos fizeram oposição ao prefeito José Luiz Nanci (Cidadania), que concorria à reeleição.

Dimas Gadelha, 45, é médico sanitarista e foi secretário de Saúde dos dois últimos governos, de Neilton Mulim (PL) e José Luiz Nanci. Ele concorreu ao cargo de deputado federal pelo Democratas em 2018, mas não obteve o posto. Nesta eleição, Gadelha compõe a coligação "São Gonçalo pode mais", chapa progressista formada pelo PT, PROS e Rede Sustentabilidade. O vice é o vereador Marlos Costa, presidente do PDT no município. Dimas conta com apoio de lideranças da esquerda na região metropolitana, como Fabiano Horta (PT), prefeito de Maricá, e Rodrigo Neves, prefeito de Niterói (PDT). Entre suas propostas para o governo, estão a duplicação do número de vagas da educação infantil, a criação de um programa de profissionalização para os jovens, a construção de novos hospitais e a instalação de um serviço de monitoramento com câmeras para a segurança pública.

Nelson Ruas dos Santos, o Capitão Nelson, tem 62 anos e foi fuzileiro naval e policial militar. Sua trajetória política começou em 2004, quando disputou a primeira eleição para vereador de São Gonçalo. Ele se candidatou outras vezes, cumprindo quatro mandatos seguidos na Câmara Municipal pelo PSC.

Em 2019, foi empossado como deputado estadual. Ele era suplente de Marcos Abrahão (Avante), afastado do cargo por ter sido preso na "Furna da Onça", desdobramento da Lava Jato que investiga um esquema de propina na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no governo de Sérgio Cabral.

Uma das passagens mais controversas da vida política de Capitão Nelson é a acusação, em 2011, de chefiar uma milícia no Jardim Catarina, seu reduto político em São Gonçalo. Ele foi citado no relatório da CPI das Milícias, da Alerj. O candidato nega as acusações, e nenhuma das denúncias foi confirmada nas investigações.

Capitão Nelson compõe a chapa "Avança São Gonçalo", que conta com os partidos AVANTE, PL e PSDB. A chapa tem o ex-vereador Sérgio Gevú (PL) como candidato a vice.

As prioridades de suas propostas são segurança pública, saúde, emprego e infraestrutura. Ele pretende criar uma central de monitoramento e controle para promoção da segurança e aumentar o efetivo de policiais nas ruas. Também prometeu combater o tráfico, a corrupção e as milícias.

Localizada a 20 km do Rio de Janeiro, São Gonçalo tem cerca de 1,1 milhão de habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado. No entanto, a cidade tem a renda per capita mais baixa do RJ e baixa arrecadação de IPTU, o que implica na falta de recursos para investimentos.

O município é considerado uma cidade-dormitório. Nos últimos anos, a cidade vive um processo de desindustrialização, e o comércio começou a ganhar mais destaque na economia.