Chávez confirma volta do câncer e se prepara para radioterapia
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou neste domingo (4) que o câncer na região pélvica retirado nesta semana em Havana é "recorrência" do tumor que teve em 2011.
"Eu viverei! Eu irei superar!", enfatizou ele, que disse que será submetido a um tratamento de radioterapia assim que for concluído o processo de cicatrização da nova cirurgia.
"O tumor foi extirpado em sua totalidade e foi confirmado o que já se supunha: o mesmo é uma recorrência do câncer diagnosticado inicialmente", anunciou o presidente em um programa da rede de televisão oficial VTV gravado no sábado, mas divulgado neste domingo.
Chávez assegurou que "o mais importante" é que foi constatada "a ausência de lesões sugestivas de câncer" em nível local, em órgãos próximos ou longe da zona comprometida. "Nem à distância, nem metástase, nem gânglios, nem nada disso, graças a Deus. (...) Por isso estamos tão otimistas nesta batalha."
O novo tumor, como explicou o venezuelano, era de dois centímetros e menor do que o anterior. O presidente foi operado em junho de 2011 também em Havana, onde se submeteu a três de quatro ciclos de quimioterapia para combater o câncer.
Denúncia WikiLeaks
De acordo com informações divulgadas pelos jornais espanhóis "Público" e "El País", com base em documentos revelados pelo WikiLeaks no dia 28 de fevereiro, o presidente venezuelano teria entre 1 e 2 anos de vida, e sua doença seria mais grave do que o revelado.
O WikiLeaks teve acesso a milhares de e-mails da Stratfor Global Intelligence, uma empresa americana privada de segurança. Pelos e-mails, os médicos russos e cubanos que atenderam o líder em junho do ano passado deram a Chávez no máximo dois anos de vida, revela o " El País".
Uma mensagem de 5 de dezembro enviada de George Friedman, fundador da empresa, Reva Bhalla --para a diretora de análise da Stratfor-- revela as críticas da equipe médica russa sobre o primeiro tratamento de Chávez em junho de 2011, quando foi operado de um abscesso pélvico em Havana. As informações partiram de uma fonte que trabalha com Israel.
Os médicos russos disseram que os cubanos não têm equipamentos apropriados para tratar Chávez e acusavam de ter feito uma "cirurgia incorreta" da primeira vez para tentar extrair o tumor, informa o jornal espanhol.
Poucos dias depois, a mesma equipe russa foi encarregada de fazer a segunda intervenção de "limpeza" na região pélvica, de onde retirado um "tumor do tamanho de uma bola de beisebol", descreveu o próprio Chávez. "É por isso que os russos dão menos de um ano de vida ao líder enquanto os cubanos dois", acrescenta a informação.
Ainda de acordo com os documentos publicados, o tumor de Chávez começou com o surgimento de um volume "perto da próstata que se estendeu para o cólon" e se propagou dos nódulos linfáticos até a medula óssea.
(Com Reuters, EFE e AFP)
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