Afeganistão exige julgamento público de soldado americano e talibãs prometem vingança
O Parlamento afegão pediu nesta segunda-feira (12) que os culpados americanos do massacre de 16 civis no domingo no sul do país tenham um julgamento público no Afeganistão.
"Pedimos firmemente que o governo americano castigue os culpados e os julgue em um processo público ante o povo afegão", afirma um comunicado do Parlamento de Cabul.
Os talibãs prometeram, nesta segunda-feira (12), vingar o massacre. Eles disseram que vão intensificar os ataques contra “americanos selvagens e doentes mentais”.
Soldado americano mata 16 civis afegãos
O Talibã "vingará cada um dos mártires assassinados de forma selvagem pelos invasores", afirma o site dos insurgentes islamitas. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o massacre de "trágico e lamentável", prometendo uma "investigação exaustiva".
"A maioria das vítimas são crianças inocentes, mulheres e idosos, massacrados pelos bárbaros norte-americanos, que roubaram sem misericórdia suas preciosas vidas e mancharam suas mãos com sangue", diz o Talibã no comunicado.
Os talibãs, que no domingo avaliaram em 45 as vítimas fatais e mantiveram que o massacre foi perpetrado por vários soldados, pediram hoje às "organizações de direitos humanos" que ajudem o povo afegão a pôr fim a "estes crimes".
"Se os autores do massacre tinham um problema mental, isto representa uma transgressão moral do Exército dos EUA, porque está armando lunáticos que disparam contra os afegãos indefesos sem pensar duas vezes", afirmaram os insurgentes na nota.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse no domingo (11) estar "profundamente triste" pelo massacre e expressou ao presidente afegão Hamid Karzai sua "consternação" pelo ocorrido.
"Ofereço minhas condolências às famílias e entes queridos daqueles que perderam a vida e ao povo do Afeganistão, que suportou muita violência e sofrimento", disse Obama em uma declaração por escrito, na qual classificou o incidente de "trágico e chocante".
No domingo (11), dezesseis civis afegãos, entre eles crianças e idosos, morreram supostamente pelas mãos de um soldado americano que teria saído durante a madrugada de sua base na província de Kandahar, bastião talibã do sul do Afeganistão, para realizar o massacre.
O suspeito, cujo nome não foi revelado, aparentemente sofreu um colapso nervoso. Ele voltou para sua base militar e se entregou. (Com agências internacionais)
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