Mais dois palestinos morrem em ataques israelenses; total chega a 20
Mais dois palestinos morreram na manhã desta segunda-feira (12) na Faixa de Gaza, em novos ataques aéreos israelenses. Isso eleva para 20 o número de palestinos mortos desde o início da onda de violência, na sexta-feira.
Os dois palestinos morreram próximo à cidade de Jan Yunis, e outros dois ficaram feridos. A primeira vítima fatal tinha 24 anos. O segundo conduzia uma motocicleta quando ocorreu o ataque.
Horas mais cedo, na noite de domingo (11), a aviação israelense realizou novos bombardeios em Gaza, deixando pelo menos 35 feridos, em represália pelo lançamento de foguetes palestinos.
A aviação israelense efetuou oito bombardeios durante a noite, segundo fontes palestinas, enquanto o Exército de Israel confirmou seis ataques e destacou que 11 foguetes foram disparados a partir de Gaza contra o território do país durante a madrugada.
Este é o confronto mais mortífero desde agosto de 2011. Por precaução, as autoridades pediram à população do sul de Israel que permanecesse perto dos refúgios e todas as escolas da região ficaram fechadas no domingo.
A escalada de violência se iniciou na sexta-feira (9), após o assassinato do secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência, Zuhair al Qaisi, e de seu genro Mahmoud Hanani pelo Exército israelense, em um bombardeio que tinha como fim impedir um atentado que, segundo Israel, era planejado para uma área da fronteira com o Sinai egípcio.
Milhares de cidadãos de Gaza participaram no sábado (10) dos funerais das vítimas, e juraram aos gritos vingar os "mártires". Além disso, quatro pessoas ficaram feridas por disparos efetuados por soldados israelenses contra um grupo de familiares em um cemitério próximo a Gaza.
Segundo o comentarista militar do jornal israelense "Yedioth Ahronoth", Alex Fishman, Israel sabia das consequências que o ataque contra Qaisi teria e há dias o Comando Sul havia se preparado para a onda de violência.
"A Força Aérea desdobrou antecipadamente as três baterias Iron Dome que dispõe e cobriu os céus de Gaza com todo tipo de aviões", escreveu.
Isso explica, segundo sua opinião, o baixo número de vítimas e mínimos danos materiais que os foguetes palestinos causaram em Israel, já que "praticamente todos os foguetes que se dirigiam a centros urbanos foram interceptados".
Devido aos altos custos operacionais (cada foguete interceptor custa cerca de US$ 40 mil), o Iron Dome deixa passar os artefatos que se dirigem a áreas abertas e tenta interceptar apenas os que ameaçam a população.
A cidade de Ashdod, onde fica uma das baterias, foi a mais castigada, embora também tenham soado os alarmes antiaéreos em Be'er Sheva, Ashkelon, Gan Yavne, Sha'ar Hanegev, Eshkol e outros povoados situados na fronteira.
O Irã "condena firmemente os crimes selvagens do regime sionista contra o povo palestino inocente e indefeso de Gaza", indicou o Ministério iraniano das Relações Exteriores em um comunicado divulgado pela agência oficial Irna. (Com AFP)
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