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Confronto no Afeganistão após ataques termina com pelo menos 47 mortos

Policial afegão aparece em reflexo de vidro de janela quebrada em Cabul, capital do Afeganistão - Johannes Eisele/AFP
Policial afegão aparece em reflexo de vidro de janela quebrada em Cabul, capital do Afeganistão Imagem: Johannes Eisele/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/04/2012 01h04Atualizada em 16/04/2012 08h24

Pelo menos 36 talebans que participaram dos ataques coordenados neste domingo (15) contra o Parlamento e o bairro diplomático em Cabul, no Afeganistão, morreram, e o confronto terminou. Os ataques visavam as embaixadas de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Os dois edifícios onde alguns combatentes se entrincheiraram foram tomados pelas forças de segurança, afirmou nesta segunda-feira (16) o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqqi. De acordo com sua versão, nas últimas horas as forças de segurança mataram os dois últimos insurgentes que resistiam, um que se encontrava no hotel Cabul Star, próximo ao setor de embaixadas, e outro que estava próximo ao Parlamento afegão.

Comandos insurgentes talebans lançaram ataques múltiplos em Cabul e três cidades do leste do Afeganistão contra importantes prédios militares, políticos e diplomáticos no início de sua ofensiva de primavera.

Segundo informou o ministro do Interior, Bismillah Mohamadi, oito membros das forças de segurança afegãs e três civis também morreram. Nos ataques, ao menos 65 pessoas ficaram feridas - 25 civis e 40 policiais, conforme a versão das autoridades. Um militante foi capturado em Jalalabad. A capital afegã concentrou os principais confrontos.

"A maioria dos insurgentes se deslocaram vestindo burcas (traje usado por mulheres muçulmanas). As forças de segurança afegãs protegeram os civis em zonas muito movimentadas", afirmou Mohammadi.

O último ataque desta escala em Cabul aconteceu em setembro de 2011, quando insurgentes fortemente armados tomaram um prédio em construção e abriram fogo contra a embaixada dos Estados Unidos e o quartel-general da ONU, deixando pelo menos 14 afegãos mortos. (Com agências internacionais)