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Forte terremoto atinge o nordeste do Japão; alerta de tsunami é cancelado

Passageiros da estação de Sendai são informados sobre suspensão dos serviços de transporte ferroviário - Kyodo/Reuters
Passageiros da estação de Sendai são informados sobre suspensão dos serviços de transporte ferroviário Imagem: Kyodo/Reuters

Do UOL, em São Paulo

07/12/2012 07h25Atualizada em 07/12/2012 10h13

Um forte terremoto, com magnitude preliminar de 7,3 graus na escala Richter e com epicentro na costa do nordeste do Japão, sacudiu edifícios até em Tóquio, nesta sexta-feira (7), e provocou um alerta de tsunami perto da área devastada pelo desastre de Fukushima no ano passado. 

O alerta, que afetava cinco províncias da parte nordeste do arquipélago (Miyagi, Fukushima, Iwate, Akita e Aomori), foi retirado pelo organismo às 19h20 (horário local, 8h20 em Brasília), sem que se tenha informado de vítimas fatais ou danos graves.

Pelo menos nove pessoas ficaram feridas, em sua maioria de forma leve, por causa do terremoto. Segundo a rede "NHK", cinco pessoas ficaram feridas na província de Miyagi, entre elas uma mulher de 75 anos e um bebê de dois, que se machucaram ao cair durante o terremoto.

Também foram reportados feridos na região de Kanto, onde fica Tóquio, a maioria por contusões causadas por quedas de objetos, segundo os dados recolhidos até agora pelos serviços de bombeiros e de ambulâncias.

Veja o momento do tremor

O tremor atingiu a mesma área que o devastador terremoto seguido por tsunami em março do ano passado, que matou cerca de 20 mil pessoas e desencadeou a pior crise nuclear do mundo em 25 anos na usina de Fukushima.
 
Operários da usina nuclear foram orientados a buscar lugares elevados após o terremoto desta sexta. A Tokyo Electric Power Co, operadora de Fukushima, não relatou irregularidades em suas usinas.
 
O terremoto foi classificado como "5 inferior" na escala japonesa que vai de 1 a 7, em Miyagi, o que significa que pode haver algum dano a estradas e casas que são menos resistentes terremotos.
 
Uma onda de um metro de altura atingiu a costa da cidade de Ishinomaki, a mais afetada pelo terremoto e o devastador tsunami do ano passado, às 18h02 (7h02 de Brasília).
 
Em Minamisanriku, uma das cidades vítimas do tsunami do ano passado, as pessoas correram para as partes altas depois de uma ordem da prefeitura para abandonar suas casas.
 
Os telefones, fixos e celulares, não funcionavam na região e a ordem foi divulgada por um canal especial de rádio.
 
No canal de televisão NHK, um apresentador repetia sem parar: "Recordem do terremoto e tsunami do ano passado. Avisem a seus vizinhos e fujam imediatamente para as partes altas".
 
A empresa de energia elétrica Tokyo Electric Power (TEPCO) anunciou não ter constatado nenhuma anomalia nas centrais nucleares do nordeste do país.
 
"Não registramos nada anormal nos dados de seis reatores da central de Fukushima Daiichi", afirmou um porta-voz da TEPCO, em referência a uma unidade gravemente afetada pelo acidente do ano passado.
 
Também não foram constatados problemas na segunda central de Fukushima (Daini), nem em Onagawa.
 
Todos os trens de Miyagi interromperam a circulação e o aeroporto de Sendai, que foi alagado pelo tsunami no ano passado, fechou as pistas.

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Tragédia de 2011

O terremoto e o tsunami que atingiram o Japão em 2011 deixaram 15.873 mortos e 2.768 desaparecidos, de acordo com dados da polícia do Japão. A maior parte das vítimas era moradora de Miyagi e Iwate, além de Fukushima.

Em Fukushima, a situação se agravou em decorrência de explosões e vazamentos radioativos na usina nuclear que fica na região. Na época, mais de 80 mil pessoas foram retiradas da área devido aos elevados níveis de radiação.

O terremoto e o tsunami causaram uma crise no Japão, obrigando as autoridades a providenciar abrigo para cerca de 340 mil pessoas. A tragédia destruiu mais de 393 mil casas e deixou 27,5 milhões de toneladas de escombros. (Com Agência Brasil e Reuters)