Grupo colhe 100.000 assinaturas pedindo Nobel para soldado do Wikileaks
Um grupo norte-americano de defesa dos direitos humanos coletou 100.000 assinaturas pedindo ao comitê norueguês do Nobel que dê o prêmio da paz deste ano a Bradley Manning, o soldado norte-americano condenado por revelar arquivos confidenciais do governo dos Estados Unidos sobre política militar.
Reconhecer Manning, disse o chefe do grupo RootsAction, também ajudaria a reparar a reputação do júri do Nobel, depois que escolheram o presidente dos EUA, Barack Obama, para o Nobel da Paz em 2009, com apenas alguns meses de governo.
"Há uma nuvem pairando sobre o Comitê do Nobel da Paz", disse Norman Solomon, cofundador do RootsAction na segunda-feira, enquanto se preparava para entregar a petição de 5.000 páginas ao comitê.
"De certa maneira, o Nobel da Paz agora precisa de Bradley Manning mais do que Bradley Manning precisa do prêmio Nobel da Paz... Ganhou força a questão sobre o compromisso do Comitê do Nobel aos direitos humanos e à paz de maneira isenta e independente".
O soldado Manning foi condenado no início deste mês por acusações que incluíram espionagem e roubo, por ter divulgado mais de 700.000 vídeos de batalhas, telegramas diplomáticos e outros documentos secretos ao site WikiLeaks. Ele pode pegar até 90 anos de prisão.
Manning, 25, era um analista de nível primário de inteligência no Iraque em 2010, onde foi acusado de ter revelado arquivos, inclusive vídeos de um ataque em 2007 de um helicóptero Apalache dos EUA em Bagdá que matou uma dezena de pessoas, duas delas jornalistas da Reuters.
O comitê do prêmio, que também foi criticado por ter premiado com o Nobel da Paz a União Europeia no ano passado, vem rejeitando repetidamente as críticas por ter escolhido Obama antes de o primeiro presidente negro nos EUA ter alcançado algo notável no cargo.
O Nobel da Paz de 2013 será anunciado em 11 de outubro. Um total de 259 pessoas e grupos foram indicados até o prazo de fevereiro, incluindo Manning, a estudante paquistanesa Malala Yousufzai, o presidente colombiano Juan Manuel Santos e o presidente de Mianmar Thein Sein. (com Reuters)
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