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Ministro diz que Brasil vai aguardar EUA responder sobre espionagem

Guilherme Balza

Do UOL, em Brasília

09/09/2013 17h06Atualizada em 09/09/2013 18h14

Após nova denúncia sobre a espionagens da NSA, a agência de segurança norte-americana, que teria acessado dados sigilosos da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff evitou tratar do assunto durante a cerimônia de sanção da lei que distribui 75% dos royalties do petróleo para educação e 25% para saúde.

Mercadante comenta espionagem dos EUA

No longo discurso que fez nesta segunda-feira (9), no qual por diversas vezes citou a exploração do pré-sal, a presidente não se referiu às novas denúncias de espionagem, divulgadas na noite de domingo pelo programa "Fantástico", da TV Globo. Ao final do evento, questionada sobre o assunto, limitou-se a dizer que em breve irá “soltar uma nota muito satisfatória.”

O único representante do governo federal a falar sobre o assunto, em entrevista coletiva, foi o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele afirmou que as perguntas sobre espionagem devem ser direcionadas ao Itamaraty e a Dilma, mas disse que “o governo brasileiro aguarda o posicionamento oficial do governo norte-americano”, o que deverá ocorrer na próxima quarta-feira (11).

“Houve a violação de princípios fundamentais da Constituição brasileira, da soberania, dos direitos individuais de cada cidadão e de uma empresa brasileira que também tem a proteção do sigilo. O governo americano deverá se explicar e se pronunciar”, afirmou.

Para Mercadante, as novas denúncias são “mais um capítulo de uma história que vem sendo desvendada”. O ministro não crê que o episódio afete o leilão do pré-sal do Campo de Libra, que irá ocorrer em outubro.

"As informações sobre o Campo de Libra são publicizadas para os parceiros que vão participar. O governo fez a prospecção na área, fez toda a identificação dessa reserva, fez a sísmica em três dimensões e depositou em Londres todas as informações. Todos os concorrentes que vão participar da licitação de Libra já têm as informações.”