Explosão deixa dezenas de mortos em mercado na capital do Paquistão
Uma bomba explodiu em um mercado na periferia da capital paquistanesa, Islamabad, nesta quarta-feira (9), matando 23 pessoas e ferindo pelo menos 39, conforme afirmam a polícia e funcionários do hospital para onde foram levadas as vítimas.
A explosão ocorreu por volta das 8h no horário local (0h no horário de Brasília), enquanto comerciantes montavam as barracas e preparavam-se para o trabalho.
Segundo o policial Sultan Mehmood, o espaço recebe "entre 2.500 e 3.000 pessoas" todas as manhãs. Muitas delas são comerciantes locais que visitam o mercado para abastecer seus estabelecimentos de frutas e verduras.
A polícia descarta a possibilidade de atentato suicida e conta que a bomba estaria em uma caixa de goiabas.
No local, sandálias se encontravam em meio a caixas de palha e frutos danificados na lama. A polícia usou detectores de metal sobre as caixas e vegetais espalhados em meio aos destroços.
O lojista Gohar Khan disse que havia visto cerca de 15 corpos. "Restos humanos, o sangue foi espalhado por toda a área”, disse ele.
O vice-chanceler do Instituto Paquistanês de Ciências Médicas, Dr. Javed Akram Qazi, confirmou que seu hospital recebeu 18 corpos. Posteriormente, ele foi comunicado pela polícia, da morte de outras cinco pessoas.
A polícia disse que ao menos 39 pessoas ficaram feridas.
Rawalpindi, cujos subúrbio é conurbado ao de Islamabad, é o local da sede do exército paquistanês. No entanto, a explosão ocorreu longe dos edifícios das Forças Armadas, e finalidade do ataque ainda não está claro.
Não houve reivindicações imediatas de responsabilidade. O Paquistão está mantendo conversações de paz com os talebans paquistaneses, que deve observar um cessar-fogo até 10 de abril, mas existem dezenas de outros grupos militantes.
Em 3 de março, um ataque suicida contra um tribunal causou a morte de 11 pessoas, entre elas um magistrado. Esse ataque foi reivindicado por um pequeno grupo insurgente denominado Ahrarul Hind, que disse ser contrário ao atual processo de diálogo entre o governo e o principal grupo talibã do país, o TTP.
O TTP negou sua participação nos incidentes violentos ocorridos desde o início do cessar-fogo, que foi decretado no princípio de março, e que na semana passada foi prorrogado até 10 de abril, quando a cúpula taleban decidirá que rumo vai seguir.
Os talebans exigem a libertação de prisioneiros do grupo e a retirada do exército de algumas áreas tribais ao longo da fronteira com o Afeganistão. A milícia é acusada de lutar para derrubar o governo democraticamente eleito do Paquistão e impor uma forma estrita da lei islâmica. (Com Agências Internacionais)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.