Topo

Bombas explodem em estações de metrô do Cairo e deixam ao menos 5 feridos

Forças de segurança inspecionam danos causados por explosão que atingiu estação de metrô em Shubra el-Khemia - Magdy Ebrahim/AP
Forças de segurança inspecionam danos causados por explosão que atingiu estação de metrô em Shubra el-Khemia Imagem: Magdy Ebrahim/AP

Do UOL, em São Paulo

25/06/2014 07h55Atualizada em 25/06/2014 14h08

Cinco bombas explodiram nesta quarta-feira (25) em quatro estações do metrô do Cairo, capital do Egito, deixando ao menos quatro pessoas feridas, informou a polícia local. Um dos feridos encontra-se em estado grave.  

Uma bomba artesanal também explodiu perto de um tribunal da capital egípcia, na região de Heliópolis, deixando uma pessoa ferida, e outra foi desativada, informaram fontes de segurança do local. Os ataques ainda não foram reivindicados por nenhum grupo.

De acordo com autoridades egípcias, as bombas, que foram colocadas em cestos de lixo das estações de metrô, eram "muito rudimentares e de baixa potência". O porta-voz da empresa de transporte que administra o metrô do Cairo, Ahmed Abdelhedi, disse que a explosão na estação de Shobra El-Kheima, que deixou três pessoas feridas, foi causada por "uma caixa que continha fogos de artifício", informou a agência de notícia egípcia Mena. Ainda segundo o porta-voz, a circulação no metrô está "normal", apesar das explosões.

No último ano houve várias explosões de bombas no metrô da capital egípcia, nenhuma delas com gravidade.

Este tipo de ataque, assim como atentados contra as forças de segurança, aumentaram no Egito desde o golpe militar contra o presidente islamita Mohammed Mursi e a posterior repressão de seus seguidores. 

Irmandade muçulmana

O porta-voz de Interior, o general Hani Abdelatif, assegurou que estes atos são "tentativas desesperadas da Irmandade Muçulmana para demonstrar sua presença nas ruas".

No último sábado (21) o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e outros 182 membros do grupo islâmico foram condenados à pena de morte por um tribunal de Minya, região central do Egito.  

Eles são acusados de incitar a violência durante os protestos realizados em agosto do ano passado, quando dezenas de cidadãos morreram em confrontos. (com agências internacionais)

Linha do tempo

A crise no Egito tem raízes mais profundas, na disputa política entre seculares, muçulmanos e militares

Confira