Equipes retomam busca após deslizamento na Guatemala; há 450 desaparecidos
Por volta das 6h deste sábado (9h em Brasília), as equipes de resgate retomaram as buscas às vítimas de um deslizamento de terra na Guatemala. Os dados oficiais falam em 31 mortos, cerca de 450 desaparecidos e pelo menos 125 casas destruídas. Anteriormente, o governo tinha falado em 600 desaparecidos.
O desastre aconteceu por volta das 21h30 da quinta-feira (0h30 de Brasília da sexta-feira) na comunidade de El Cambray 2, no município de Santa Catarina Pinula, cerca de 15 quilômetros ao leste da Cidade da Guatemala.
A prioridade é resgatar os sobreviventes, afirmou o presidente Alejandro Maldonado.
O número de mortos pode subir porque ainda há muitos desaparecidos. Vários familiares informaram estar recebendo mensagens de texto de pessoas que estão soterradas.
Voluntários continuaram buscas
As buscas tinham sido suspensas na noite de por medida de segurança, diante da escuridão e da ameaça de mais chuvas.
Segundo a imprensa local, os bombeiros voluntários e alguns moradores vizinhos decidiram continuar com as buscas porque "ouviram vozes" quando se preparavam para deixar o local.
"Passadas quase 24 horas desde que aconteceu o deslizamento, continua o trabalho de busca e resgate", diz uma mensagem escrita pelo grupo de bombeiros voluntários em seu perfil no Twitter.
"É muito difícil o trabalho de resgate, devido ao terreno acidentado. É praticamente como uma montanha", disse à agência de notícias AFP o socorrista Cecilio Chacaj, momentos antes de resgatar um homem com vida sob os escombros.
Além disso, meios de comunicação, instituições públicas e grupos por meio de redes sociais começaram a arrecadar água, alimentos e cobertores para os desabrigados.
A embaixada dos Estados Unidos na Guatemala emitiu um comunicado para expressar "suas mais profundas condolências" às famílias das vítimas. Diplomatas de Cuba colocaram à disposição das autoridades guatemaltecas cerca de 500 membros da missão médica mobilizada no país.
Tragédia anunciada
A área foi invadida por famílias que migraram para as periferias da cidade e construíram suas casas sem levar em conta os riscos, segundo a Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred).
Desde 2008, a região já tinho sido declarada “de risco”, por estar próxima a um morro e ao rio Platanitos. De acordo com autoridades do Conred, em várias ocasiões, recomendou-se transferir as famílias para um outro local pelo risco de desmoronamentos. Um dos últimos relatórios foi emitido em novembro passado e pedia medidas para prevenir algum desastre "de maneira imediata".
Ainda de acordo com o órgão, apenas na região metropolitana há 232 assentamentos considerados como "de risco", já que estão localizados em encostas ou barrancos, e calcula-se que cerca de 300 mil pessoas vivem nesses lugares.
Temporada de chuvas
A temporada de chuvas no país começou em maio e vai até novembro.
Em 2014, a temporada chuvosa deixou 29 mortos, 2 desaparecidos, 25 feridos, 655.201 afetados e 9.061 casas com danos, detalharam as autoridades da Defesa Civil.
(Com agências internacionais)
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