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Agressor sueco era fascinado por Hitler e pela Alemanha nazista

Foto divulgada pela imprensa mostra Anton Lundin-Pettersson, 21, apontado como o autor de ataque em uma escola na Suécia - AFP/Facebook
Foto divulgada pela imprensa mostra Anton Lundin-Pettersson, 21, apontado como o autor de ataque em uma escola na Suécia Imagem: AFP/Facebook

Do UOL, em São Paulo

23/10/2015 08h53

A imprensa da Suécia identificou como Anton Lundin-Pettersson, 21, o autor do ataque em uma escola em Trollhattan, no sudoeste do país, que deixou dois mortos na quinta-feira (22).

Em sua conta em redes sociais, o jovem se mostrava fascinado por Adolf Hitler e a Alemanha nazista e também expressava apoio pelo partido Democratas Suecos, de extrema-direita e contrário ao islã e ao aumento da imigração, segundo a mídia local.

Ele foi descrito como quieto e recluso. Recentemente, ele havia aderido a uma campanha que pedia um referendo pelo fim da entrada de refugiados no país. 

A Suécia tem recebido milhares de refugiados, principalmente da Síria, na recente onda de imigração na Europa. 

A polícia sueca apontou "motivações racistas" por trás do ataque em uma escola que tem em sua maioria alunos imigrantes.

O jovem deixou uma carta de despedida na qual expunha os motivos racistas de seus atos.

"Tudo aponta para um crime de ódio. Revistamos sua casa e achamos um documento que mostra que o ataque estava planejado e que era um crime de ódio", declarou nesta sexta-feira em entrevista coletiva o delegado Thord Haraldsson, que falou de "carta suicida".

"Ele elegeu suas vítimas. Atacou os que tinham pele escura, por outro lado se encontrou com vários de pele clara e não os atacou", disse Haraldsson, que acrescentou que a vestimenta -estava de preto e usava um capacete similar ao dos soldados alemães na Segunda Guerra Mundial- e sua forma de caminhar têm corte "nazista".

Lundin-Pettersson vestia uma máscara parecida à do vilão da saga Star Wars, Darth Vader, e roupas pretas. Ele portava uma espada e outras armas brancas. Alunos pensaram que se tratava de uma brincadeira e pediram para tirar fotos com ele. 

Um aluno e um professor foram mortos no ataque, e outras duas pessoas permanecem hospitalizadas, em estado crítico.

O jovem morreu no hospital, horas após o ataque, depois de ter sido baleado pela polícia. (Com agências internacionais)