Atirador de Orlando mencionou Estado Islâmico em ligação para a polícia
O suspeito do ataque deste domingo (12) a uma boate gay de Orlando (EUA) expressou sua lealdade ao grupo extremista EI (Estado Islâmico) em um telefonema para a polícia pouco antes do ataque, segundo informou a imprensa norte-americana.
O atirador ligou para o número de emergência 911 pouco antes do tiroteio para anunciar sua lealdade ao chefe do EI. Oficialmente, as autoridades americanas ainda investigam a motivação do ataque e não confirmaram uma ligação direta do atirador com o grupo terrorista.
Em entrevista à imprensa, um porta-voz do FBI confirmou que a agência norte-americana acompanhava o atirador por suspeitas de laços com grupos extremistas. O porta-voz disse ainda que o atirador mencionou na conversa com a polícia o atentado à Maratona de Boston, em 2013.
"Sabemos que era alvo de uma investigação, ao menos no passado. Não estava no centro dessas investigações, mas era suspeito de ter vínculos com os radicais islâmicos e simpatia com a ideologia radical islâmica", declarou uma fonte à CNN.
A agência de notícias Amaq, do Estado Islâmico, reivindicou a autoria do ataque a um "combatente" do grupo terrorista. "O ataque armado contra uma boate gay na cidade de Orlando no Estado norte-americano da Flórida que deixou mais de 100 pessoas mortas ou feridas foi realizado por um combatente do Estado Islâmico", disse a Amaq.
Entenda o atentado
O ataque começou por volta das 2h locais (3h de Brasília), disse John Mina, chefe de polícia de Orlando. A boate Pulse, uma das maiores casas noturnas de Orlando, na Flórida, estava realizando uma festa de temática latina quando um homem armado abriu fogo perto do horário de fechamento.
Policiais afirmaram à imprensa americana que o atirador estaria com um dispositivo amarrado a seu corpo.
Houve troca de tiros entre ele e um policial que trabalhava na boate, mas ainda não se sabe se o incidente ocorreu dentro ou fora do local.
Em seguida, o atirador fez alguns dos frequentadores reféns. Às 5h locais (6h de Brasília), a polícia invadiu a boate e realizou uma "explosão controlada".
O atirador foi morto. Segundo a polícia, 50 pessoas morreram, no pior tiroteio em massa da história recente dos Estados Unidos.
O saldo de mortos ainda pode subir, com pelo menos 53 feridos levados ao hospital, muitos deles em estado grave.
(Com Reuters e AFP)
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