Duas pessoas são presas e uma está foragida por 'golpe da falsa prostituta'
A polícia investiga uma mulher identificada como Rayene Carla Reis, 28, acusada de extorquir vítimas ameaçando-as de morte e de agressões físicas em um golpe que envolve um falso programa com uma prostituta. Ela abordava as pessoas dizendo que elas haviam contratado uma garota e não compareceram ao encontro. Rayene está foragida, mas dois de seus parentes, que também faziam parte do golpe, foram presos.
O que aconteceu
O golpe da falsa prostituta funcionava da seguinte forma: Rayene buscava informações sobre pessoas aleatórias em um aplicativo que funciona como um banco de dados e dispõe informações pessoais como CPF, nome completo, relação de parentes, telefones, data de nascimento, endereço e até renda média presumida.
Com essas informações, ela entrava em contato com uma potencial vítima. A conversa inicial era de que a pessoa havia contratado um serviço com uma prostituta e não tinha comparecido. Dessa forma, ela teria que arcar com a despesa.
Assim começavam as extorsões. De acordo com a delegada Márcia Beck, da 17ª DP, Rayene ameaçava as vítimas falando que o grupo fazia parte de uma milícia e que envolveria a família da vítima. Ela enviava imagens de policiais militares fardados durante as extorsões. Os valores cobrados iam de 600 reais a 3.500 reais. Segundo a delegada, mesmo pessoas que não tinham qualquer relação com a contratação do serviço de prostituição acabavam caindo nas ameaças por causa das informações pessoais que a suspeita detinha.
Homem e mulher presos são parentes de Rayene. A prima dela é suspeita de emprestar a conta bancária para recebimento dos valores das extorsões. O irmão de Rayene foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo enquanto a polícia cumpria mandado de busca e apreensão em endereço ligado à suspeita.
31 registros de ocorrência similares. Segundo a delegada Márcia Beck, foram identificados ao menos 31 registros com o mesmo "modus operandi" do golpe da falsa prostituta. Em um celular atribuído a Rayene foi encontrada uma captura de tela de uma mensagem em um grupo do Telegram que "ensinava" a aplicar o golpe. A polícia acredita que a suspeita adaptou e criou uma estratégia própria para extorquir as vítimas.
Contra Rayene há um mandado de prisão pelo crime de extorsão.
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