Atentado a bomba em casamento deixa mortos e feridos na Turquia
Ao menos 30 pessoas morreram e 94 ficaram feridas em um atentado a bomba durante um casamento na noite deste sábado (20) em Gaziantep, no sudeste da Turquia, segundo um comunicado emitido pelo escritório do governador provincial. A cidade é próxima à fronteira com a Síria.
"Até agora, no ataque 30 cidadãos morreram e há 94 feridos", indica o comunicado, divulgado na página da instituição na internet neste domingo (no horário local, ainda sábado no Brasil).
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, condenou o atentado em comunicado, no qual pede "paciência e força" à nação.
"Um terror que é tão inimigo da humanidade que joga uma bomba contra um casamento, sem respeitar nenhum valor, mostrou seu rosto transformando uma festa em um lugar de luto", diz a nota.
"Continuaremos a luta com decisão contra esta vil organização terrorista que atenta contra a inocência e a vida", afirma a nota, sem detalhar quem são os responsáveis.
O governador da região, Ali Yerlikaya, disse à emissora CNN Turk que a explosão foi um "atentado terrorista" cometido por um suicida. Também em entrevista à CNN Turk, o deputado Mehmet Erdogan, membro do partido governamental AKP e sobrinho do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, confirmou a versão de um ataque com bomba.
O responsável pela explosão ainda não foi identificado, mas Mehmet Erdogan disse que é muito provável que tenha se tratado de um ataque suicida.
O deputado acrescentou que esse tipo de ataque costuma ser cometido pelo grupo Estado Islâmico (EI), ou pelos rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Segundo a agência de notícias Dogan, a explosão, que aconteceu às 16h40 (no horário de Brasília), teve como alvo uma cerimônia de casamento ao ar livre.
"O objetivo do terror é atemorizar a população, mas não vamos permitir isso", garantiu o vice-primeiro-ministro turco, Mehmet Simsek.
"Atacar um casamento é algo bárbaro", declarou ele à televisão turca.
Localizada no norte da fronteira com a Síria, Gaziantep se tornou um importante centro de acolhida de sírios que fogem da guerra civil em seu país.
Depois de ter acolhido refugiados e ativistas da oposição, teme-se também a presença de extremistas.
Esta semana, o sudeste da Turquia foi alvo de três atentados que deixaram 14 mortos. O governo responsabilizou a guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK curdo.
O ataque ocorre no mesmo dia em que primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, declarou que a Turquia quer ser "mais ativa" na crise síria nos próximos meses.
"O derramamento de sangue deve acabar. Bebês, crianças, pessoas inocentes não devem morrer. Esta é a razão pela qual a Turquia será mais ativa na tentativa de impedir que [esta situação] piore nos próximos seis meses". (Com agências internacionais)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.