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Morre o rei da Tailândia aos 88 anos

O rei da Tailândia Bhumibol Adulyadej acena após cerimônia em Bancoc, em dezembro de 2010 - Damir Sagolj/ Reuters
O rei da Tailândia Bhumibol Adulyadej acena após cerimônia em Bancoc, em dezembro de 2010 Imagem: Damir Sagolj/ Reuters

Do UOL, em São Paulo

13/10/2016 09h16

O rei da Tailândia Bhumibol Adulyadej morreu aos 88 anos no hospital Siriraj, em Bancoc, nesta quinta-feira (13).

Bhumibol Adulyadej estava no poder desde 1946 e seu reinado era considerado o mais longo do mundo.

Bhumibol só foi coroado em 5 de maio de 1950, uma semana depois de se casar com a atual rainha Sirikit, que é sua prima de segundo grau, segundo uma biografia oficial.

Ele é o único rei que a maioria dos tailandeses conheceu, que o têm como um semideus, símbolo unidade e guia da nação.

Sua última aparição pública foi em 11 de janeiro para fazer uma breve visita ao palácio Chitralada da capital.

Bhumibol morreu após ser submetido no sábado a um procedimento para drenar líquido em seu cérebro, o que lhe causou uma forte queda de pressão. "A equipe médica fez todo o possível, mas seu estado de saúde piorou", segundo comunicado da Casa Real , acrescentando que o rei morreu em paz.

O estado de saúde de Bhumibol foi um assunto tabu no país devido à lei de lesada altivez, que blinda a Casa Real contra todos os tipos de acusações e comentários.

Desde que o Exército tomou o poder após um golpe de estado em maio de 2014, se multiplicaram os casos por este crime que é castigado com até 15 anos de prisão.

A morte do rei mergulha a Tailândia em um futuro profundamente incerto.

Seu filho de 64 anos, o príncipe herdeiro Maha Vajiralongkorn, deve sucedê-lo no trono.

A morte de Bhumibol é um grande teste para os generais do país, que tomaram o poder em 2014 prometendo restaurar a estabilidade após uma década de caos político, um período turbulento exacerbado pela piora do estado de saúde do rei, enquanto as elites competiam pelo poder.

Os militares têm ligações profundas com o palácio e muitos dentro do reino encararam o golpe como um movimento para garantir que os generais pudessem minar qualquer instabilidade durante a sucessão.