Menos de 2% de espécies dominam metade das árvores da Amazônia
O ecossistema amazônico, que está entre os mais ricos do mundo, é dependente de um pequeno conjunto de plantas, mostra pesquisa publicada nesta quinta-feira (17) na revista Science.
A bacia amazônica abriga cerca de 16 mil espécies diferentes de árvores, mas apenas 227 delas são responsáveis por quase metade das 390 bilhões de árvores que existem nos 6 milhões de km2 da floresta tropical - o que corresponde a apenas 1,4% do total.
Os cientistas não sabiam, até então, quais as espécies de plantas mais comuns da Amazônia. Agora, graças à contagem do grupo liderado por Hans ter Steege, da Universidade de Utrecht, na Holanda, a palmeira do açaí (Euterpe precatoria) destaca-se como a que mais aparece no território, com 5,21 bilhões.
Para chegar a esse número, a equipe de cem especialistas catalogou todas as árvores que tinham caules mais espessos do que 10 centímetros de 1.170 diferentes áreas do bioma. Dados que foram coletados desde 1934 também foram aproveitados para o estudo.
As 227 espécies de árvores que o grupo identificou como "hiperdominantes", como a castanha-do-Pará, o cacau e a seringueira, ocorrem em determinados habitats, limitando-se a um ou dois tipos, como os igapós e as florestas de terra firme.
O pesquisador afirma que essa contagem pode ser útil nos esforços de conservação da vegetação da floresta, assim como nos estudos de cientistas do clima no futuro.
A análise fornece novos detalhes sobre a abundância, a raridade e a riqueza de espécies de árvores em toda a Amazônia. Até agora, os dados sobre a composição e distribuição de espécies arbóreas em que parte do mundo tem sido escassos e limitados.
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