Governo só dará dinheiro a confederações que alternem poder, diz Aldo
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta quinta-feira (13) que o programa de incentivo a atletas olímpicos exigirá contrapartidas de entidades que recebem dinheiro público. Confederações que não tenham alternância de poder nas suas direções deverão ser vetadas.
Aldo falou sobre o assunto no “Poder e Política”, projeto do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. A gravação ocorreu em 13 de setembro no estúdio do grupo Folha em Brasília.
Segundo o ministro, é preciso haver “limite no tempo de mandato e no número de mandatos”. Para afirmar a disposição de cobrar mudanças nas confederações, ele disse: “No Brasil, você tem limite para tudo. Até para o tempo que você pode ficar no Supremo Tribunal Federal, na Presidência da República”.
Aldo deu as declarações em resposta à pergunta sobre o que fazer em casos como o da Cbat (Confederação Brasileira de Atletismo) e da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Ambas têm tradição de manter dirigentes por mais de 20 anos no cargo.
Como as entidades esportivas são privadas, o governo não pode intervir em suas administrações. Mas pode “condicionar determinadas vantagens para o acesso aos recursos públicos ao preenchimento de determinados requisitos”, disse o ministro.
“Não precisa ser nem a Constituição nem uma lei. Às vezes é uma norma, uma portaria que discipline a relação do Ministério do governo com as entidades”, afirmou, sem dar um prazo para colocar as regras em vigor.
Segundo o ministro, as confederações não impõem resistência à restrição dos mandatos. “Os que já estão há muito tempo não serão tão prejudicados pela medida. Quem ficou 25 espera ficar o quê? Mais 25? Não é uma casa real”, afirmou.
Estrangeirismos
Conhecido por ser contra o uso de estrangeirismos, Aldo Rebelo disse preferir a expressão “brasuca” com “s”, mas que a Fifa tem direito de grafar a palavra com “z” (“brazuca”) para batizar bola que será usada na Copa do Mundo de 2014.
No caso das “Paraolimpíadas”, o termo será mantido dessa forma em todas as referências oficiais do governo brasileiro, conforme foi acertado entre o ministro e a presidente Dilma Rousseff. O Brasil não usará “paralimpíadas” em seus comunicados.
Acesse a transcrição completa da entrevista.
A seguir, vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets):
2) Meta para 2016 é o 10º lugar, diz Aldo Rebelo (3:19)
3) Aldo: só confederação que alterna poder terá dinheiro (4:52)
4) Ênfase em esporte coletivo continuará, diz Aldo (1:32)?
5) Dilma quer manter grafia de Paraolimpíada, diz Aldo (1:28)
6) Aldo: “S” é melhor, mas Fifa pode usar brazuca com “z”(2:35)?
7) Aldo: Futebol precisa de democracia e profissionalismo (5:33)
8) 6 estádios estarão prontos em 2013, diz Aldo (1:47)?
9) Poder de Lula é limitado em eleição municipal, diz Aldo (1:09)
10) Íntegra da entrevista (49 min.)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.