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Após derrota no TSE, Marina diz que "plano A saiu vitorioso"

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

03/10/2013 22h07Atualizada em 03/10/2013 22h52

A ex-senadora Marina Silva disse na noite desta quinta-feira (3) que o "plano A" saiu vitorioso, apesar da rejeição do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à criação da Rede, partido pelo qual pretendia disputar as eleições de 2014. "Se não temos o registro legal, temos registro moral perante a sociedade brasileira." A política vinha dizendo que a criação da Rede era seu "plano A", mas não confirmou se irá se filiar a outra legenda para concorrer ao Planalto no ano que vem.

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“Eu não posso estar decepcionada se o que há de mais importante nós obtivemos hoje nessa corte, [que é] a declaração de todos os ministros deste tribunal de que nós temos os requisitos mais importantes para ser um partido político. Disseram que temos um programa, que temos representação social e que temos ética. O registro é só uma questão de tempo”, afirmou Marina. "O plano A já é vitorioso."

Por seis votos a um, os ministros do TSE decidiram rejeitar o pedido de registro da Rede. Votaram contra a criação da legenda a ministra Laurita Vaz, relatora do caso, que foi seguida pelos ministros João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia. O ministro Gilmar Mendes foi o único a divergir e votou a favor.

Marina afirmou ainda que dará uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), em Brasília, para anunciar seus próximos passos. "Eu tenho um plano A e continuo no plano A, agora vou discutir com os meus companheiros. Porque o plano A é a Rede Sustentabilidade e ela continua como um plano politico", disse.

Com a decisão do TSE, Marina Silva precisa decidir se aceita migrar para outro partido (o chamado "plano B") para ser candidata à Presidência em 2014. Ela é a segunda colocada em todas as pesquisas de intenção de voto.

Na última pesquisa Ibope, divulgada há uma semana, a presidente Dilma Rousseff (PT) tinha 38% das intenções de voto na corrida presidencial, e Marina Silva aparecia em segundo lugar, com 16% das intenções.

Segundo o deputado federal Walter Feldman (ex-PSDB-SP), um dos principais apoiadores da Rede, sete partidos ofereceram a legenda para que a ex-senadora se filiasse.

Rede já é um partido, diz Marina após decisão do TSE