Eleição do novo vice-presidente da Câmara será na próxima terça
A eleição do novo 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados está marcada para a próxima terça-feira (29). O eleito, que deverá ser um deputado do PT, vai substituir o também petista André Vargas (PR), que renunciou à vaga na Mesa Diretora depois de denúncias de seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.
As sete cabines de votação já estão sendo montadas no plenário da Câmara, já que a eleição é feita por votação secreta. Para ser eleito, o candidato precisa do apoio de 257 deputados, ou seja, maioria absoluta da Câmara.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), enviou a todos os deputados petistas um ofício que explica as regras da eleição. Como a vaga da primeira vice-presidência foi designada ao PT no início do ano passado, de acordo com a regra da proporcionalidade das bancadas, apenas deputados desse partido poderão concorrer à vaga.
O PT ainda não definiu o candidato oficial – foram divulgados os nomes dos deputados Paulo Teixeira (SP) e Luiz Sérgio (RJ) como pretendentes. Mas qualquer deputado do partido poderá se inscrever como candidato avulso. O prazo para o registro das candidaturas vai até as 19h da próxima segunda-feira.
Renúncia
André Vargas abriu mão do cargo porque responde a um processo no Conselho de Ética de Decoro Parlamentar por quebra de decoro parlamentar por conta de suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal. O doleiro pagou um jatinho para levar Vargas e a família para passar as férias em João Pessoa (PB) no final do ano passado.
Além disso, há denúncias de que o deputado teria intercedido em favor de uma das empresas de fachada do doleiro em negócios com o Ministério da Saúde. A Polícia Federal interceptou conversas em que o doleiro cobra a atuação de Vargas e diz que a “independência financeira” dos dois dependeria do sucesso no negócio.
Na carta de renúncia, oficializada na quarta-feira passada (16), Vargas diz que renunciou ao cargo para se concentrar em sua defesa sem prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa. Ele manteve o mandato de deputado.
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