"Nunca a consideramos do partido", diz presidente do PSB sobre Marina
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta quinta-feira (27) que nunca considerou Marina Silva (PSB) como uma integrante do partido. Marina disputou as eleições presidenciais deste ano pelo partido após a morte do então candidato Eduardo Campos. “Nunca a consideramos do PSB. Temos visões de mundo e de vida distintas e programáticas e portanto cada um vai seguir seu caminho na hora em que deseja”, afirmou Siqueira.
A declaração aconteceu após a reunião da Executiva Nacional do partido em Brasília. Marina, que não faz parte da Executiva, não participou da reunião.
Marina Silva se filiou ao PSB em outubro de 2013 depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferiu o pedido de registro do partido Rede Sustentabilidade, do qual ela é o principal nome.
Marina era a candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos à Presidência e assumiu a candidatura após a morte de Campos em um acidente aéreo em agosto deste ano. Marina chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, mas ficou em terceiro lugar com 21% dos votos.
Siqueira disse que ainda não há uma data prevista para a saída de Marina do PSB e disse que irá acolhê-la no partido até quando ela quiser, mas disse que não irá consulta-la nas decisões partidárias. “Nunca foi consultada e nem será. Ela não é do PSB. Ela é consultada na Rede. Aqui se consulta quem é do PSB”, afirmou Carlos Siqueira.
No último dia 4 de novembro, pelo Twitter, Marina Silva anunciou que a Rede Sustentabilidade iria retomar o processo de coleta de assinaturas para obtenção do registro eleitoral junto ao TSE.
O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que a decisão sobre a saída de Marina do partido cabe a ela mesma. “A Marina não quis integrar o diretório do PSB, não quis ser dirigente e nós respeitamos. O tempo é dela. Ela ficará conosco enquanto ela quiser”, disse Albuquerque.
As declarações de Siqueira em relação a Marina não são a primeira manifestação ‘áspera’ dele em relação à ex-ministra do Meio Ambiente. Logo após a morte de Eduardo Campos, Siqueira deixou a coordenação da campanha de Marina alegando divergências com o grupo da então candidata.
A reportagem do UOL telefonou para assessores diretos de Marina Silva para comentar as declarações de Siqueira, mas eles não foram localizados até o momento.
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