Após despedida no Senado, Sarney diz "história vai lhe julgar"
O senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) disse nesta quinta-feira (18) não se preocupar com o futuro da família na política. Ele disse ainda que será julgado pela “história”. Mais cedo, Sarney fez um discurso de despedida no plenário do Senado no qual disse que o Maranhão (seu Estado natal) está na “vanguarda” do Brasil e chamou o golpe militar de 1964 de “revolução”.
“Eu acho que estou olhando é pra frente. Não estou olhando pra trás. É o que eu disse do Miguel Torga [pseudônimo do poeta português Adolfo Correia da Rocha]. Do que eu fiz e do que eu não fiz, não cuido agora (...) eles é que vão julgar, a história é que vai fazer a avaliação e o julgamento”, disse o político.
Sarney tem 60 anos de vida pública e foi deputado federal, senador, governador do Maranhão e presidente e vice-presidente da República. Sua filha, Roseana Sarney (PMDB-MA), apontada como sua sucessora política, renunciou ao mandato de governadora do Maranhão em meio a uma crise política e na área de segurança pública.
O senador também disse que se sentiu injustiçado ao longo do período em que foi presidente da República, mas disse que não iria “remoer” o passado. “A pior coisa do mundo é remoer o passado”,disse.
O ex-presidente também descartou a possibilidade de assumir um eventual ministério durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). “Quem foi presidente da República não pode exercer outro cargo. Já disse isso. Me arrependi de ter voltado mesmo a um cargo eletivo”, disse o senador.
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