TSE diploma Dilma como presidente da República e Temer como vice
A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) recebeu, na noite desta quinta-feira (18), o diploma de presidente da República das mãos do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Dias Toffoli. O vice-presidente reeleito, Michel Temer (PMDB), também recebeu o documento. A diplomação habilita os vencedores das eleições a tomar posse no próximo dia 1º de janeiro para o mandato de 2015 a 2018.
Momentos antes do início da cerimônia, o PSDB pediu ao TSE a cassação do registro de candidatura da presidente. A medida, no entanto, não impede a diplomação.
Dilma foi reeleita nas eleições mais disputadas desde a redemocratização. No segundo turno, ela obteve 51,64% dos votos, contra 48,3% do candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB). O mandato que se iniciará em 2015 será o quarto consecutivo do PT no governo federal.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareceu à cerimônia e sentou-se bem próximo à tribuna. Ele não havia estado presente em 2010. Também compareceram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o senador José Sarney (PMDB-AP), que se sentou na primeira fileira, entre outras autoridades.
Neste ano, mais de 700 pessoas foram convidadas para o evento, número bastante superior aos cerca de 250 convidados que participaram da primeira diplomação de Dilma, em 2010. Segundo o cerimonial do TSE, da lista, 20 são convidados da presidente.
A diplomação ocorre em meio a uma crise política causada pela deflagração da operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos públicos em licitações fraudulentas junto à Petrobras. A suposta responsabilidade de Dilma pela crise tem gerado protestos pelo país pedindo o impeachment da mandatária. De acordo com pesquisa Datafolha, 68% dos brasileiros creem que a presidente tem "alguma responsabilidade" pelos problemas na estatal.
Em seu discurso, Dilma admitiu que funcionários da Petrobras foram "atingidos" durante o processo de combate a delitos e prometeu "fechar as portas" para a corrupção.
No campo econômico, o governo enfrenta estimativas de crescimento do PIB de 2014 próximos a zero. Segundo o último Boletim Focus, o mercado avalia que a economia brasileira vai crescer 0,16% em 2014 e 0,69% em 2015.
Na última quarta, pesquisa Ibope indicou que a avaliação positiva do governo Dilma é de 40%. Em comparação com o primeiro mandato de seus antecessores (Lula e Fernando Henrique Cardoso), Dilma tem a pior aprovação em seu último ano de governo. No final de 1998, FHC tinha aprovação de 61%, enquanto Lula tinha 71% de aprovação em 2006, contra 52% da petista.
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