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Senado aprova novo mandato de Janot na Procuradoria Geral da República

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

26/08/2015 21h41

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teve seu nome aprovado nesta quarta-feira (26) pelo Senado para permanecer no cargo. Ele foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para um segundo mandato à frente da Procuradoria Geral da República. Ele teve o voto favorável de 59 senadores, sendo que 12 votaram contra e um se absteve de votar.

O segundo mandato de Janot como procurador geral começará em 17 de setembro, com duração de dois anos.

Antes da votação em plenário, Janot foi submetido a uma sabatina no Senado e teve o nome também aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) por 26 votos a favor e 1 contra. Com mais de 10 horas de duração, essa foi a segunda maior sabatina da história do Senado. A maior foi a sabatina da CCJ que aprovou a indicação de Luiz Edson Fachin como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em maio deste ano, que durou mais de 12 horas.

A sabatina de Rodrigo Janot foi marcada por um clima de aparente tranquilidade quebrada apenas pela participação do senador Fernando Collor (PTB-AL), desafeto de Janot. Ao longo da sabatina, o principal tema foi a operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos da Petrobras.

Janot negou a existência de um “acordão” com o governo para proteger políticos suspeitos de envolvimento no esquema da Lava Jato. Entre os supostos protegidos estaria o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) por seu possível envolvimento na Lava Jato.

“Eu nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa interferir nas investigações", afirmou Janot. 

O procurador-geral também foi questionado sobre a validade das delações premiadas que servem de base para parte das investigações da operação Lava Jato.

Ele disse que as delações, por si só, precisam ser acompanhadas de evidências dos crimes denunciados. Janot defendeu as delações e disse que os delatores, entre eles os doleiros Alberto Youssef, não são “X-9”. “O colaborador não é um dedo-duro. Não é um X-9", disse Janot. 

Veja aqui uma seleção das principais frases da sabatina do procurador-geral Rodrigo Janot.