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Com "cargo à disposição", Renan Filho sugere plebiscito por novas eleições

Governador de Alagoas Renan Filho (PMDB) - Reprodução/Facebook
Governador de Alagoas Renan Filho (PMDB) Imagem: Reprodução/Facebook

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

06/04/2016 19h22

O governador de Alagoas Renan Filho (PMDB-AL) defendeu, nesta quarta-feira (6), a realização de um plebiscito junto com a votação para prefeitos, em outubro, para decidir se os brasileiros querem ou não novas eleições gerais. Para isso, ele colocou o cargo à disposição e pediu que todos os eleitos façam o mesmo.

“Se o Brasil fizer um plebiscito, e o povo brasileiro, nessa eleição municipal, decidir por ampla maioria que deve ser fazer uma nova eleição, todo político com mandato deve colocar o mandato à disposição do povo. Afinal de contas estamos aqui porque somos escolhidos. Eu próprio, se tiver essa pergunta 'você é a favor de eleições gerais', e o povo disser que sim, eu coloco meu cargo à disposição e vou disputar a eleição de novo ou não”, disse.
Renan Filho, porém, rechaçou a ideia de novas eleições sem consulta aos eleitores. “Acho que tem de ouvir as pessoas. Fazer eleição geral sem ouvir o povo, substituindo o povo por outra decisão, não é legal”, afirmou.

Filho do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o governador de Alagoas assegura que uma nova eleição serviria para dar legitimidade aos novos eleitos, acabando com o problema de governabilidade atual.

“O momento de crise é grave; a saída não é simples. Portanto, nada mais justo que dar ao eleito a condição de ter o respaldo popular, porque assim ele consegue governar”, comentou.

Questionado se concordava ou não com o impeachment de Dilma Rousseff, Renan Filho disse que essa é uma questão exclusiva do Congresso, e que “governador não deve se posicionar”.

Sobre apostar se a presidente irá ou não escapar do processo na Câmara, o governador diz que não há qualquer pista capaz de apontar o resultado da votação dos próximos dias no plenário da Câmara. “Não sei dizer. Aliás, nem ela, nem o Congresso sabe se a Dilma fica”, despistou