Topo

Primeiro voto no impeachment é favorável ao afastamento de Dilma Rousseff

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

17/04/2016 17h46Atualizada em 17/04/2016 19h24

A votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi inaugurada na tarde deste domingo (17) com voto favorável ao impedimento. O autor foi o deputado Washington Reis, do PMDB-RJ.

"Voto sim!", bradou o deputado, aplaudido pelos parlamentares pró-impeachment.

A votação começaria por Roraima, Estado mais ao norte do país e no qual o governo não goza de grande apoio. A prioridade dada a Washington Reis deu-se por problemas médicos. Durante a comissão, ele não votou por suspeita de estar com H1N1. Ele estava internado no Rio e passou por um cateterismo. Passou na frente na votação por ter se sentido mal. “A partir de amanhã que Deus possa derramar suas bênçãos sobre o país”, disse o deputado fluminense ao anunciar seu voto favorável ao impeachment da presidente.

“Eu peguei a gripe H1N1 e fiz um cateterismo por causa de um problema cardíaco. [Votei] No sim porque a maioria da população [estava] pedindo. O partido também deliberou. Vamos pedir a Deus que nesse novo momento o país possa abrir novos caminhos porque tem essa recessão, falta de emprego, uma instabilidade geral. A gente está muito confiante numa melhora.”

Saiu do posto médico da Câmara em uma cadeira de rodas e vai voltar para o hospital. Em 1992, o deputado Roberto Campos (PDS-RJ) foi o primeiro a votar, por estar em uma cadeira de rodas e ter acabado de deixar o hospital devido a complicações de diabetes, a favor do impeachment de Fernando Collor de Mello.

O primeiro deputado a votar contra o impeachment foi Edio Lopes (PR-RR). "É um impeachment em desacordo com a Constituição do nosso país", havia orientado a bancada, mais cedo, o líder Aelton Freitas (PR-MG).

O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) foi o primeiro a se abster. Ele não quis seguir a orientação de seu partido, de apoiar a presidente Dilma, mas também não quis se posicionar a favor do impeachment. Ele foi vaiado no plenário.

Deputado gaúcho é 1º a se abster e diz "nem Dilma nem Temer nem Cunha"

UOL Notícias

Para que o processo de impedimento da presidente seja encaminhado ao Senado Federal, são necessários 342 votos. A votação segue alternando as bancadas dos Estados ao Norte e ao Sul. Dentro de cada bancada, segue a ordem alfabética. (* Com informações de Wellington Ramalhoso, em Brasília)

Siga a votação pelo Placar UOL.