Críticas durante votação do impeachment foram para "melar a sessão", diz Cunha
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que encarou as críticas de parte dos deputados durante a votação do pedido de impeachment como uma provocação na tentativa de constrangê-lo e "melar a sessão". Ele disse que poderá entrar com processo contra quem "passou do limite".
"Aquilo não me causa nenhum problema. Aqueles que passaram do limite, que saíram da crítica política e foram para ofensa pessoal, eu vou estudar a possibilidade de entrar com queixa-crime", disse, após protocolar o pedido de impeachment no Senado, na tarde desta segunda-feira (18).
Cunha voltou a afirmar que é inocente das acusações de ter mentido aos demais deputados quando disse que não tinha contas no exterior.
"Eu não tenho nenhuma preocupação. Eu estou absolutamente em condições de ser inocentado na representação no Conselho [de Ética, que analisa o processo contra Cunha]. No seu tempo devido isso vai ficar claro."
Ele também fez críticas ao PT, dizendo que o partido tenta acrescentar acusações ao processo contra ele, o que seria o mesmo que a oposição tentou fazer no processo de impeachment, ao tentar acrescentar a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) ao pedido de impeachment.
"Na verdade eu tenho uma representação que era simplesmente se eu efetivamente falei ou não a verdade num depoimento espontâneo numa CPI, e aí eles querem fazer a substituição do Supremo e todos os processos e inquéritos existentes", disse. "É a mesma coisa que a gente for discutir a corrupção na Petrobras, está lá por exemplo a refinaria de Pasadena, a tudo que está lá dentro da denúncia original [do impeachment] e que não foi colocada na comissão especial".
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