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Sindicalista diz que ministro admite volta do nome CGU

Wellington Ramalhoso

Do UOL, em São Paulo

03/06/2016 20h16

O presidente da Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle), Rudinei Marques, afirmou que o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, admitiu nesta sexta-feira (3) a possibilidade de que a pasta volte a se chamar CGU (Controladoria Geral da União), nome que vigorava até o início do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB).

Marques e Jardim se reuniram no fim da tarde desta sexta-feira (3). “O ministro manifestou a posição do governo de encontrarmos um denominador comum para colocar um ponto final nessa história”, disse Marques. 

A Unacon pede a revogação da medida provisória assinada por Temer, que, além de mudar o nome da instituição, tirou dela a vinculação com a Presidência da República e a ascendência sobre os demais ministérios, o que enfraqueceria seu poder de fiscalização.

Jardim, segundo Marques, ficou de levar a Temer o pedido da categoria para que a antiga CGU volte a ficar vinculada à Presidência.

Quanto ao nome, o ministro pediu que o sindicato apresente uma proposta até a tarde da próxima terça-feira (7), quando voltarão a se reunir. Embora aceite a ideia da volta do nome antigo, o governo exige que a palavra “transparência” seja incluída na nova nomenclatura. Por meio de sua assessoria, o ministro Jardim confirmou as informações.

A categoria tem feito protestos desde que Temer editou a medida provisória. Ontem, Jardim foi recebido com um “apitaço” na sede do ministério. De acordo com Marques, o ministro pediu no encontro de hoje que os funcionários diminuam a pressão sobre o governo.

O sindicalista afirmou que “o conflito não interessa a ninguém”, mas que a categoria deverá continuar mobilizada e fazer outros protestos.

O sindicato ainda estuda a possibilidade de entrar com uma representação contra o ministro por causa de declarações dadas por ele em encontro com funcionários realizado ontem. Na ocasião, Jardim exigiu compatibilidade “política, filosófica e ideológica” dos funcionários comissionados com o governo. Para Marques, o tom adotado por Jardim diante dos trabalhadores ontem foi intimidatório.